quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Zé de Freeeeeeeeitas!!!!!



Fim de semana passado eu fui pra José de Freitas. É! Depois de tanto tempo... E, ao contrário do que muita gente pensou: não, eu e Herlon não terminamos o namoro. Mas, fala sério, a gente também tinha vida antes de começar a namorar. O que quer dizer que temos direito de reencontramos os amigos de vez enquando, separadamente, pra conversar as besteiras que só os amigos sabem falar tão bem.

Eu liguei pra minha grande amiga Merinha e ela disse que me receberia com todo o prazer na sua casa, como ela sempre fez. Essa garota é uma amiga bem especial.




O Herlon foi me deixar na parada de ônibus e eu estava bem ansiosa pra chegar lá e rever meus amigos e a cidade que sempre fez parte da minha vida.

Todo mundo se surpreendeu de me ver por lá, disseram que eu estava bonita e ficaram felizes com a minha visita.

E, em determinada hora eu percebi que, há muito tempo eu não era espontânea. Não que eu tenha mudado de personalidade ou coisa assim mas, quando a gente está com o namorado é diferente de estar com as amigas falando besteira. E eu até pensei: "Talvez eu também possa ser mais espontânea mesmo estando com o Herlon e a turma dele." Eu acho que ele vai estranhar essa conversa, rsrsrs.

O negócio é que eu fiz uma comparação entre mim e Merinha (quando eu nem gostava dela) e as amigas do Lonzin.

Quando eu e Merinha ainda não éramos amigas, ela namorava um amigo meu, da minha irmã e do meu primo. A gente andava em um bando de 13 pessoas em José de Freitas e tava sempre causando a sensação nas festas, por causa da nossa alegria.

Pois bem, quando o Flávio começou a namorar a Merinha ele passou a levar ela pras festas com ele. E o que acontecia era que, o mais animado da turma ficava sentado a noite toda junto da namorada, que ficava com uma cara de eu-não-deveria-estar-no-meio-dessa-gente-louca. E, por isso, a gente achava ela muito chata.


O fato é que, hoje que eu conheço bem a Merinha e somos amigas do coração, eu sei que a Merinha adora festa e adora dançar e é alegre e divertida. E agora eu me vejo no lugar dela, com relação a turminha do Herlon. As amigas dele dançam e se divertem e brincam e eu... eu fico só olhando do meu lugarzinho, me sentindo meio deslocada. E eu nem sou assim.

E quando eu cheguei lá em José de Freitas e encontrei com a Merinha, eu fiquei alegre por poder voltar a ser aquela Lanussa que eu sei que sou de verdade. E nós fomos pra Barragem  e ouvimos muito forró e conversamos e eu vi Merinha fazer umas danças engraçadas com o namorado dela. Foi ótimo.



E de noite nós fomos pra praça, né? E eu vi mais pessoas que não via fazia tempo e lembrei da última vez que eu estive lá e de como nós nos divertimos, só as amigas. Como eu gosto dessas amigas...


E foi legal, embora a turma estivesse meio desfalcada porque a Jonilza tá zangada comigo, porque eu fiz coisa errada. Mas eu espero que ela me desculpe e a gente volte a ser as amigas fofonas de sempre, pra não dar gosto pra raça que não quer ver essa mulherada junta e se divertindo.

Claro que eu também senti saudade do meu amor. Mas é bom sentir saudade, porque a melhor parte é quando a gente mata essa danada.

Eu espero voltar a fazer isso mais vezes. 


Pôr do sol na Barragem do Bezerro.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Nada.



Não sei bem o que escrever aqui hoje. Acho que eu deveria dizer alguma coisa...

O dia está esquisito e eu me sinto estranha. Talvez seja o fato de eu estar gripada e a gripe sempre me dar a sensação de não estar dentro do meu corpo. O dia hoje está quente e, com a gripe, isso se acentua ainda mais.

Acho que o Herlon está zangado comigo. É... parece que eu nunca faço as coisas certas, como as pessoas querem realmente. Peço desculpa a todos. Talvez na próxima encarnação isso seja melhorado.

Já é hora do almoço e eu não tenho fome. Mas, vou ter que comer assim mesmo se não quiser ir tomar soro no hospital, como no ano passado.

Falando em ano passado... estou me sentindo como naquele período que, por coincidência ou não, também aconteceu no meio de uma gripe. Foi uma crise emocional. Eu me senti um lixo, meu corpo entendeu a mensagem, eu conheci quatro médicos, levei um monte de agulhadas e fiz um tour de cadeira de rodas pelos corredores vazios e fantasmagóricos de um hospital.

Foi uma experiência única. E vai continuar sendo. Não vou repeti-la.

Bem... continua aqui uma sensação de que, eu sempre faço tudo errado e sou sempre a culpada de tudo. É, as pessoas realmente sabem como me fazer sentir assim. Tem gente que simplesmente não se importa. Tem gente que não se importa com ninguém. Eu me importo. Sempre. É um saco.

Eu tenho que ser "perfeitinha" o tempo todo. Toda sorrisos, educação, bom-humor, disposição, aceitação, disponibilidade... Quase uma Nossa Senhora das Graças, carregada pelos sete anjos. Não obrigada, eu já tentei fazer esse vestibular. Várias vezes. Sorry. Não tem vaga pra mim.

Eu não vou gostar do dia de hoje. Que a noite chegue logo e eu possa dormir e acordar novamente.

Amanhã é outro dia.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Doida da Lua forno e fogão.



Faz tempo que eu estava atrás de uma boa receita daquelas panquecas maravilhosas que as pessoas comem no café-da-manhã, nos filmes e seriados americanos. São tão bonitas, né? E parecem tão gostosas... E como eu fui acometida de uma febre-de-chef-de-cozinha e passei a pegar receitas novas e experimentá-las também, pensei em tentar fazer essas panquecas.


Então eu tipo, fiz uma pesquisa e coisa e tal e escolhi a receita que fosse mais simples e fácil de fazer, com poucos ingredientes... E achei uma maravilhosa.
Vou colocar aqui pra vocês, se alguém quiser se arriscar pelo mundo culinário...


PANQUECA AMERICANA


Ingredientes:
  • 1 1/4 de xícara de chá de farinha de trigo
  • 1 colher de sopa de açúcar
  • 3 colheres de chá de fermento em pó
  • 2 ovos levemente batidos (a receita diz levemente batidos, mas eu aconselho a bater um pouquinho mais e peneirar as gemas pra não ficar com cheiro de ovo. Pra peneirar as gemas, não raspe com a colher, apenas faça furos nelas e deixe escorrer. Isso impedirá que aquela película que a envolve passe pela peneira e é exatamente ela que dá o cheiro de ovo. Nossa como eu tô inteligente...rsrs)
  • 1 xícara de chá de leite
  • 2 colheres de sopa de manteiga derretida (ou 1 colher de óleo)
  • pitada de sal
  • manteiga ou óleo para untar
Modo de fazer:

Misture em um recipiente a farinha, o açúcar, o fermento e o sal. Em outro recipiente misture os ovos, o leite e a manteiga. Acrescente os líquidos aos secos. O ponto da massa não deve ser muito líquido, deve escorrer lentamente. Aqueça e unte a frigideira e coloque a massa no centro, cerca de 1/4 de xícara por panqueca (ou uma concha pequena). Deixe fritar até ficar levemente dourada. Tem que virar a panqueca pra fritar dos dois lados.



Gente, a receita não fica nem doce nem salgada. É porque ela deve ser servida com acompanhamentos como:
  • Manteiga (eu prefiro manteiga de verdade mesmo, não margarina)
  • Mel
  • Caldas de vários sabores... pode ser aquelas que a gente coloca no sorvete.
  • Frutas
  • Geléias


Sugestão de recheio: Bata um pote de iogurte natural com adoçante ou açúcar e essência de baunilha.


Uma vez eu fiz uma geléia de  morango super fácil... É só colocar morangos cortados em cubos com 1 1/2 de açúcar no liquidificador e depois levar ao fogo até apurar. Tem que ficar mexendo o tempo todo até ela engorssar um pouquinho. E a gente até pensa que num vai dar certo mas dá. Tenham fé!rsrs



Eu preferi a minha panqueca mais doce, então eu acrescentei um pouco mais de açúcar. Elas ficam bonitas e gostosas. Só a Ana Carolina, minha irmã, comeu metade das 14 panquecas que eu fiz. E o Herlon comeu o resto, rsrs.



Eu até tirei umas fotos mas, a minha máquina é péssima (rsrs). As fotos ficaram horrorosas! Mas as minhas panquecas ficaram parecidas com essas das fotos, só que eu joguei uma calda de chocolate por cima.


Bem, quando eu tiver outra receita legal eu compartilho aqui com vocês.


É isso aí!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Dieta da Lua (Doida)


Gente... tô num sufoco pra perder um pouco de gordura localizada. Localizada na barriga, claro.

Estou meio que tentando ter uma alimentação balanceada e tirar refrigerante da minha vida. Mas como é que eu consigo isso? As pessoas ajudam, hein? Hein? Nãããããão...

A minha tia gosta de comida com "sustança". E é ela quem faz a comida aqui em casa. O Herlon absolutamente adora pizza. Se ele pudesse comia todo fim de semana. Por falar nisso... eu contei pra vocês que meu colesterol ruim aumentou assim que a gente começou a namorar? É! Era uma tal de pizza todo fim de semana, refrigerante, picanha gorda... Todas essas coisas horrorosas e nem um pouco gostosas. (Ai, ai... bons tempos, aqueles...).

E aí, um dia eu fui ao médico fazer consulta de rotina e  no resultado dos meus exames tava lá, quase que praticamente escrito em letras grandes: "Faça dieta, sua descompensada cheia de gordura!!"

É claro que a médica traduziu isso pra mim com uma voz bem mais meiga e calma... Mas, era colesterol ALTO que estava no meu exame de sangue. Quer dizer, a magricela que podia comer tudo sem aumentar um centímetro da circunferência do abdôme e sofria horrores por isso. É. Eu odiava ser magra.

E agora eu não posso sequer comer um pedaço de pizza sem sentir a gordura da mussarela entrando no meu corpo e invadindo as minhas veias como uma praga de gafanhotos e se instalando violentamente na minha barriga.

E eu sempre peço... "Herlon, amor... Me prometa que não vai me dar refrigerante! Prometa!! Nem se eu pedir! Nem se eu implorar!! Nem se eu me jogar aos seus pés de joelhos suplicando que você tenha piedade desta alma!! Nem que eu diga que vá pular de uma ponte... (Quer dizer, se eu for mesmo pular de uma ponte, não vejo nada demais em ele me dar um pouco, né?)"

Daí ele me promete. Então, quando eu viro o meu copo pra ele e digo: "Coloca um pouquinho de Coca-Cola aqui..." O que é que ele faz? Hein? Hein? Ele COLOCA!!!

Quer dizer, onde é que está o amor das pessoas hoje em dia?? Quer dizer, eu sairia correndo atrás dele como uma louca assassina caso ele se recusasse a me dar refrigerante, mas... O que é que custa ele me dizer um simples: "Não".

E o que é que eu faço agora? Agora, eu tenho que me submeter a exercícios torturantes (em casa mesmo, já que eu absolutamente de-tes-tei academia) e tomar litros e litros de chá-verde.

Aliás, chá-verde é um caso a parte já que tem um sabor bastante peculiar de capim com água de riacho. É uma "de-lí-ci-a". Eu não sei como a Angélica vive de tomar essa porcaria. E ela nem come CARNE!! Como alguém vive sem comer CARNE?? (Eu sei que tem um monte... eu não sou uma delas).

Mas... eu meio que estou tentando ser diciplinada com esse negócio de dieta. Meu objetivo é entrar num biquini duas peças no final do ano. 

Me desejem sorte.

Ah! E se alguém aí souber de alguma coisa que faça perder o buxo, desde que seja saudável, eu agradeço.

Ah! E um aviso pra quem pretende um dia começar essa de tomar chá-verde: dá uma imensa vontade de fazer xixi. Por isso, se você quer ter um sono tranquilo... Não tome chá-verde antes de dormir.

É isso aí!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A besteira continua...


Eu assisti o primeiro capítulo da nova temporada de Malhação. O capítulo inteiro.

Gente, aquilo ali é uma coisa impressionante. A cada dia que passa, a besteira daquela novela sem rumo aumenta mais.

Eu já fui telespectadora de Malhação. Nos bons tempos. E já faz bem uma década que esses bons tempos acabaram. Agora eles insistem em deixar esse programa no ar, não sei porque razão.


Os atores, a cada temporada, ficam piores. Não fosse só isso, o texto também parece que vai morrendo.


Sei lá, vai ver é só uma adaptação... Vai ver que a cada ano que passa, os grandes atores adolescentes de Malhação vão sentindo dificuldade pra decorar e entender textos mais complexos e bem escritos. Daí, seja lá quem escreve as coisas que eles dizem, resolveu fazer frases mais curtas, repetitivas e sem nenhuma criatividade. Quer dizer, você tá assistindo aquela droga e sabendo o tempo todo o que os personagens vão dizer um pro outro porque aquilo ali agora tá cheio de lugar-comum. Santa paciência...


As histórias se repetem e estão ficando mais e mais chatas. E nada me tira da cabeça que, se eles estão tentando passar algum tipo de lição pros adolescentes retardados de hoje em dia, isso não tá dando certo.


Quer dizer, pensa comigo. O primeiro capítulo já começa com um monte de garotos problemáticos, procurando sarna pra se coçar. De início já mostrou o primeiro dia de aula na escola nova e a primeira coisa que os alunos falam é: "Vamo começar aprontando uma agora!"


Faça-me o favor! O cenário principal é uma escola, mas a última coisa que aquele povo faz é estudar. Aí, eles vão ficar fazendo uma danação atrás da outra e, lá pro final do ano que vem, na última semana da temporada é que todo mundo vai se arrepender das coisas ruins que fizeram, vai todo mundo virar bonzinho, o Filhote-de-Fábio-Júnior vai ficar com a Mocinha-pobre-que-não-gostava-dele-no-começo e vai começar a mesma babaquice de novo no ano seguinte.


E aí, na tal da última semana em que todo mundo aprende a lição, os adolescentes sem-noção (eu quero crer que não são todos...) que assistem Malhação, vão arranjar outra coisa pra fazer e não vão ver quando todo mundo aprende que ser violento, galinha e ambicioso demais é ruim. E ainda tem aquela parte inteligentíssima que, mesmo depois de assistir todo mundo ficando bonzinho, acaba achando legal mesmo aquela parte em que tem porrada, pegação e gravidez precoce.


Ô povo da Globo!! Dá um tempo, né? Inventa outra coisa! Afff...

sábado, 7 de novembro de 2009

Quando ela quer...


Gente!! Vocês perceberam que a Leda Nagle anda penteando os cabelos ultimamente?

Quer dizer... não é aquilo que pode se chamar de : "Oh, puxa!! Como ela está penteada..." Mas vamos dar um desconto, tem dias que o cabelo dela está bem pior...

E dá pra ver que a Leda é uma mulher vaidosa. Olha só essa foto dela que eu achei!

Ela devia cuidar mais do pobrezinho... Eu prestaria bem mais atenção nas entrevistas, rsrsrsrs.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

My life...


Então, minha vida tem sido assim ultimamente... Em casa na maior parte do tempo, fazendo nada. Eu sei, eu sei... quando eu começar a trabalhar, eu vou reclamar que tenho muita coisa pra fazer e dizer que sinto falta do tempo sobrando que eu tinha pra dormir e ficar de perna pra cima. É, eu sou um ser humano. Nada nunca é como a gente quer, né? E eu nem reclamaria desses dias em casa, se eu tivesse alguma coisa interessante pra fazer... Mas, não tem nada interessante pra fazer. Quer dizer, as opções seriam:
  1. Livros - Todo mundo sabe que eu absolutamente adoro ler. E que, se eu tenho algum livro realmente bom nas mãos eu tô lá pouco me importando com o que aconteça no resto do mundo. O negócio é que, livros bons são caros e, devido a atual conjuntura socioeconômica em que eu me encontro... dinheiro no momento é... anh... O que é dinheiro, mesmo? Ah, depois eu me lembro! O interessante é que existem maneiras de se desviar da liseira aguda e, mesmo assim, ler bons livros. O advento da internert é uma coisa maravilhosa. Quer dizer, hoje em dia qualquer pessoa absurdamente ignorante com esse negócio de informática (como eu), pode baixar de grátis todos os livros legais e caros que você não tem dinheiro pra comprar. Então, no mês passado eu li uns quatro livros da Nora Roberts, dois da Marian Keys: Melancia e Férias (talvez eu leia o resto da coleção) e ainda baixei Fortaleza Digital, do Dan Brown (que faltava eu ler...) e Porque os Homens Fazem Sexo e As Mulheres Fazem Amor (um livro realmente informativo). Acontece que, ler no computador é cansativo e, de tanto que eu fiz essa arrumação, a minha vista ficou meio... É, eu tô mais cega do que o costume. Crianças, não façam isso em casa. O resultado disso é que agora eu num posso ler nem bula de remédio, que me dá dor de cabeça. Quer dizer, bula de remédio é que eu num posso ler mesmo, porque a letra dessas coisas são um verdadeiro assassinato, de tão pequenas.
  2. Filmes - Filmes também seriam uma boa opção, se não fosse o detalhe de que a gente tem que ter dinheiro ou pra comprar ou pra buscar na locadora. Claro, o que é que a internet não baixa de grátis hoje em dia? A minha amiga Samantha estava baixando as temporadas de Gray's Anatomy pra eu assistir mas, ela demora muito entre uma tempoada e outra e, eu tenho uma preguiça terrível de ir na casa dela buscar os episódios.
  3. Eu acho que vocês sabem que eu absolutamente adoro fazer trabalhos manuais. Eu gosto de pintar e bordar, literalmente. Eu faço bordados em ponto-de-cruz e uns outros aí que eu não sei o nome, mas aprendi sozinha. E eu faço crochê, também. É legal. Ajuda a passar o tempo. E você pensa na vida enquando fica costurando coisas coloridas. Eu tenho uma caixa enorme com um monte de pedaços de pano, infinidades de miçangas coloridas, linhas de todos os tipos, trecos que eu achei aqui e ali mas que podem ser úteis um dia, botões de todas as formas, minha própria pistola de cola-quente, agulhas de todos os tamanhos, fitas, rendas... etc, etc, etc. Mas, devido a minha sede de leitura no computador, eu agora tenho dores de cabeça terríveis toda vez que forço demais a vista. Outro dia mesmo eu estava sem fazer nada e resolvi fabricar uma bonequinha de pano. Quando eu terminei, tive que tomar 30 gotas de dipirona e deitar no quarto escuro. Minha cabeça tava do tamanho de um elefante. Mas a boneca ficou lindinha... quer dizer, não tão perfeita como eu gostaria mas ficou graciosa.
  4. TV - A programação da TV é um caso a parte. Sinceramente... quanta porcaria as pessoas colocam lá!! Eu num vou nem me prolongar nesse item. E foi por isso que eu deixei ele por último... Afff!! Sem comentários.
Talvez eu escreva mais no meu blog, eu prometo. Eu sei... eu já disse isso várias vezes, né? O pessoal tá sempre me cobrando. Gente eu vou me esforçar, tá?rsrs. Mentira, talvez eu não me esforce, não.rsrsrs É isso aí!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Ovelha negra.


Eu sou a ovelha negra da família. É, eu sou a ovelha negra. Pelo menos é o que minha mãe acha.

E tudo isso, partindo do princípio de que, eu estou morando na casa dela e estou desempregada a dois meses.

De modo que, se eu não estou trabalhando isto a incomoda absurdamente, embora ela não me compre roupas, não pague minhas contas, não tem que me dar dinheiro quando eu vou viajar... porque, quando eu REALMENTE preciso, eu peço dinheiro ao meu pai e procuro não perturbá-la com esse tipo de bobagem financeira.

Começando com este ponto (o de eu não estar trabalhando), ela segue para o seguinte que é... eu gostar de ficar calada na minha. Ela SEMPRE detestou isso e eu acredito que o maior sonho dela era ter uma filha que falasse pelos cotovelos sem parar e fosse a super popular entre todo mundo.

O próximo assunto inevitável é: todas as filhas de todas as amigas dela são as "super-populares-entre-todo-mundo. Quer dizer, porque eu posso ser eu se eu DEVO ser como as filhas-super-populares-entre-todo-mundo-das-amigas-da-mamãe?

E depois... (pra que parar se tá ficando bom, né? Ela deve pensar...) Joga na minha cara o tempo todo que eu tenho um namorado e que mesmo tendo sido assim durante toda a minha vida, ela JURA-POR-TUDO-QUE-É-MAIS-SAGRADO, que eu mudei radicalmente a minha personalidade por causa dele, o Herlon.

Então, ela demosntra claramente com suas palavras que eu devo estar doida e tenho que ser internada imediatamente em um hospício se passa pela minha cabeça maluca, fazer aquela coisa medonha tipo, pensar em construir uma vida ao lado de quem você ama. Resumindo: casar.

Na verdade eu acho que ela preferia que as filhas dela pulassem de uma ponte antes de fazer esse tipo de estupidez. O que nem faz muita diferença entre casar e pular de uma ponte, mas ela nem pensa nisso!

Parece, na verdade, que eu a estou incomodando tremendamente em ter arranjado um namorado justamente quando ela acabou de se separar do meu pai. Eu deveria ser mais solidária a ela...

E, aí vem a melhor parte dos paradoxos de mamãe... Depois de dizer que sempre deu apoio e incentivo em tudo que a gente quis fazer na vida, ela faz pouco da oportunidade de emprego que eu estou esperando em outra cidade e acha que é pura humilhação e perda de tempo. Detalhe: é através desse emprego que eu vou começar realmente minha vida.

E então, disso tudo ela resume que, se eu não estiver ganhando meu próprio dinheiro eu tenho que ouvir tudo o que ela tem pra dizer, não importa se ela está de TPM ou já tenha falado a mesma coisa 1.273.947.894. de vezes. Eu tenho que ouvir o que eu quiser, sem achar ruim, porque a casa é dela, ora, e não de todo mundo aqui.

Por isso, eu só posso concluir que aos olhos da querida mamãe em questão, eu sou a filha-megera-que-odeia-todo-mundo-aqui. Eu sou muito má. E deveria ser castigada. E não ter nenhum namorado. E não casar nunca porque todos os homens são maus. E nunca querer um bom emprego em outra cidade porque isso é uma coisa totalmente inatingível.

É. Eu tenho mesmo é que pular de uma ponte.

P.s.: Calma, gente... É brincadeira.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Na praia!!



Depois do meu aniversário, foi hora de arrumar as malas pra viajar. Minha irmã e eu fomos pra Luís Correia, no litoral piauiense, com o Herlon e a família dele.


O Jairon e a namorada dele, a Paula, também foram com a gente. Foi uma ótima viagem. Fazia uns três anos que eu não ia à praia.

Jairon e Paula.

Também deu pra matar um pouquinho da saudade do tempo que eu morava em Parnaíba, eu simplesmente adoro aquela cidade. E ver novamente os lugares onde eu morei e a escola onde eu estudei... foi maravilhoso.

O nosso hotel ficava de frente pra praia. O Herlon adorou isso, porque ele era muito pequeno quando foi à Luís Correia e tava doido pra ver o mar de lá novamente. Então, assim que nós chegamos, fomos ver aquele monte de água, o que ficava meio difícil por causa da escuridão da noite.


Mesmo assim, era um clima gostoso e um vento que não parava de... ora, ventar!rsrs.

No dia seguinte à noss chegada, nós fomos para a Praia do Macapá. É um lugar de uma beleza ímpar. Só é uma pena que a areia esteja tomando conta de tudo...


Praia de Macapá.


No domingo, nós fomos para a Praia de Atalaia. É a praia que eu mais gosto, não importa o que digam, mesmo existindo praias bem mais bonitas. Talvez seja pelo fato de que a gente sempre ia à Atalaia quando eu morava em Parnaíba. Tem um gostinho de infância.





E depois do meio-dia, foi hora de arrumar tudo de novo pra voltar pra casa...

Mas... mesmo tendo sido só por dois dias, foi maravilhoso!


Fim da viagem!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Faz um ano...


Já estamos em Setembro... O ano passa rápido. E faz um bom tempo que eu não conto nada aqui, né?
Em julho, dia 22, eu fiz um ano de namoro. Olha só que coisa!(rsrs). Faz um ano que eu e o Lonzin estamos namorando.

O tempo passou rápido. Parece que foi um dia desses que eu apareci na casa da minha prima doida, a Deianne, e ela me disse que queria que eu conhecesse um amigo dela.



O meu primeiro pensamento tipo, óbvio foi: "Ai meu Deus... Mais um dos amigos-bomba da Deianne. Aff..."


Então eu resolvi tratar aquele assunto com o desinteresse que ele merecia, quero dizer, o assunto, não o Herlon, porque, ora, eu já havia passado por duas experiências torturantes e não estava nem um pouco a fim de passar por mais uma.

Pois bem, eu estava com a DD e a Maria Klara lá no quarto quando a campainha tocou e uma Deianne esbaforida me deu um daqueles gritos, que só ela sabe fazer tão bem, mandando que eu me arrumasse porque o tal amigo dela tinha chegado. Detalhe: eu estava perfeitamente organizada visualmente. Não tinha que me arrumar coisa nenhuma!

Então, meu segundo pensamento tipo, óbvio foi: "Poxa, já?! Não achei que fosse ser tão rápido assim! Pensei que ele ainda fosse protelar por alguns dias e se fazer de gostosão, como de fato fizeram os outros imbecis, amigos da Deianne."

Bom, o negócio é que a gente já se conhecia. Há mais ou menos uns três anos atrás ele e o Jairon, amigo dele e da Deianne, tinham ido até a casa dela, durante aquelas temporadas que eu passava lá, quando ainda rolava uma relação-esquizofrênica com um outro amigo da Deianne e coisa e tal. E agora, a melhor parte: ele tinha uma quedinha pela Dainna, a minha outra prima (ah, essa pedra no meio do meu caminho...) e eu, tipo, meio que fiquei querendo fazer os esquemas e tudo mais. Olha só o tamanho da situação absurda! Mas, ops, o que não é absurdo quando tem Dainna e Deianne envolvidas na história?


É claro que, quando a Dainna soube que a DD iria me apresentar o Herlon, fez questão de deixar bem claro que era minha sina pegar os restos dos homens dela, mas vamos dar um desconto, né? É da Dainna que nós estamos falando. Deve ter faltado oxigênio no cérebro dela quando ela nasceu.

Bem, o fato é que, eu fui com a cara dele. O cara era simpático, sabia conversar e tal e, a Deianne já estava quase me irritando com a falta de sutileza dela de bancar a cupido. Porque, tipo, eu já estava ficando sem-graça e meu terceiro pensamento tipo, óbvio foi: "Tá, agora o cara vai pensar que eu sou a prima-encalhada-desesperada-por-um-homem e, é agora que ele vai começar com aquele n
egócio de ser o gostosão."

Mas eu me enganei de novo. Ainda bem.


O olhar... Herlon me olhava de um jeito, que niguém tinha me olhado antes. Era como se ele soubesse de todos os meu segredos, como se coxixasse em meus ouvidos: "eu não conto pra ninguém..."

Meu quarto pensamento tipo, óbvio: "Esse aí sim, sabe como olhar pra uma garota. Ai, ai, ai... eu tô perdida."

Ficou combinado de marcarmos um dia pra saírmos todos juntos pra comer pizza ou coisa parecida e, claro, na minha cabeça aquilo nunca iria realmente acontecer. Não se dependesse exclusivamente de mim. Aquela história de ser sempre eu que tomava a iniciativa, tinha parado por ali. Eu estava de férias. Eu queria fazer o papel da garota alguma vez na vida.

E na hora da despedida, ele me deu mais um daqueles olhares e eu não quis acreditar que ele realmente ia fazer. Quer dizer, tá maluca? É de mim que nós estamos falando! Eu nunca me envolvia com caras desse tipo. Tipo: que sabe o que quer; tipo: que vai atrás do que quer; tipo: que conquista a garota; tipo: TINHA ALGUMA COISA ERRADA COM ESSE CARA!!!(rsrs).

Próximo passo: orkut, msn, blá, blá, blá... O que você gosta, o que você não gosta, me fala mais de você... Aquele papo besta de sempre. E o meu radar anti-bomba estava completamente ligado no máximo, a fim de que desse tempo de pular fora antes de a coisa toda explodir.

Mas ele continuava sendo simpático e inteligente e interessante e sin-ce-ro. E eu continuava pensando: "Ele não pode ser tudo isso!". Aí dá pra ter uma idéia do tipo de absurdo com
quem eu já havia me relacionado...

E meu coração já estava tão machucadinho... não estava em meus planos passar mais uma vez pela mesma coisa tão cedo. Então, eu sempre ficava com os dois pés bem atrás.


Meu aniversário estava perto. Pedi à Deianne que o convidasse pra minha reunião de sempre. Fiz o convite, mas não achei que ele viria. (É que eu não sabia que ele tinha esse costume de ir no aniversário de pessoas que ele tinha acabado de conhecer, né Herlon?rsrs). Por não ter feito o convite diretamente, por ele ter sido convidado um dia antes, por ainda não nos conhecermos bem.. Enfim! Por um monte de frescuras que os outros caras teriam usado como desculpas esfarrapadas pra não virem.

E ele veio. Primeiro eu levei um susto. Depois eu fiquei surpresa e alegre. Gostei daquilo.


E durante a festa, ele estava sempre segurando na minha mão e eu ficava encabulada com o jeito que ele me olhava e, se me perguntarem o que eu conversei com ele, durante aquela noite, eu simplesmente não lembro. Nenhuma palavra.



E resumindo a história... Nós trocamos telefone, nos falamos algumas vezes, combinamos de nos encontrar um dia na casa da Deianne e foi quando ele me beijou.


E, esse dia era 22 de julho. E nem foi bem nesse dia que a gente começou a namorar oficialmente, mas nem tem uma data!! Porque foi tudo acontecendo naturalmente e a gente nunca mais se largou desde esse dia. Então nós concordamos que era o dia pra se comemorar.

E agora eu amo tanto esse garoto... E, nossa, uma vez na vida pelo menos, eu posso dizer que a Deianne fez uma coisa certa.

E eu nem me incomodo dela ter demorado um pouco e ter me apresentado os errados antes. Porque a gente começou tudo no momento certo. Era a nossa vez.

Amor da minha vida... EU TE AMO, cara-de-bolacha!!!rsrs

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Olha o cabelo dela!

Alguém sabe, pelo amor de Deus, me dizer porque a Leda Nagle faz economia de cabeleireiro quando vai apresentar o programa dela?

Tá certo que é um programa altamente inteligente, com assuntos interessantes e tudo mais e a gente deve prestar atenção no que as pessoas falam lá... MAS, é televisão poxa! Ela, mais do que ninguém, deve saber que na TV, imagem é tudo e o cabelo faz parte da imagem dela.

Desde que eu era pequena eu a vejo na televisão e eu nunca vi o cabelo dela tão parecido com cego em tiroteio... O pobre tá perdido, indeciso, ele não sabe o que é!! Se é cacheado, se é ondulado, se é curto, se é comprido, se é liso, se é ruim!!

O que é fazer uma simples escova duas vezes por semana?! Será um sacríficio muito grande? Será preguiça? Será falta de vaidade? Isso com certeza não é porque a gente nota que ela é vaidosa.

Ela usa batom vermelho, as unhas dela são absurdamente bem feitas e bem pintadas, ela tem estilo no modo de se vestir... Então, o que diabo essa mulher tem contra o cabelo dela? Às vezes, parece que ela simplesmente acordou e saiu com o cabelo do jeito que tava, gente!! Qual é a dificuldade de passar um pente, um cremezinho, fazer uma hidratação?

O pior é que na maioria das fotos dela que eu achei na internet ela está com o cabelo divinamente arrumado, mas nunca é no programa dela!
Aff...

Vai entender a cabeça dessa mulher, né? (literalmente!)

Ps.: Nada contra a Leda Nagle. Adoro o programa dela e a acho uma mulher bonita também, viu? Eu quero deixar isso bem claro antes que algumas "mentes brilhantes" que visitam meu blog de vez enquando e não sabem ler direito deixem comentários muito mal escritos dizendo que eu sou a Doida-coração-de-pedra-que-odeia-todo-mundo.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Aniversário da Lanussa.


Meu aniversário foi no dia16 de julho mas, eu comemorei mesmo no dia 17, em uma festa surpresa que eu ganhei da minha família.



Foi emocionante porque eu achei que comemoraria só com o pessoal aqui de casa e com o meu amorzinho, devido à atual situação econômica mundial e tudo mais... E quando eu cheguei no restaurante, tinha uma mesa linda arrumada especialmente pra mim e foram todos chegando... Nossa, demais mesmo.


Meu amorzinho e eu...


E o Elvis, irmão do meu amorzinho.

E até praticamente me obrigaram a fazer um bolo e eu estranhei bastante porque, ora, a gente só ia comer alguma coisa fora e eu achei um absurdo levar um bolo daquele tamanho pro restaurante. Tipo, ia ser meio mico, né? Mas é que o pessoal absolutamente adora o meu bolo e não podia deixar de ter!

O bolo também foi convidado, rsrs.

Eu adorei, foi muito bom. Minha amiga de José de Freitas foi, a Merinha! E a Samantha também foi e minhas primas queridas: Deianne e Dainna. E a coisinha linda da titia, Maria Klara.

Eric e Samantha.

Dainna e Deianne.

Minha amiga Merinha.


Fora que eu ganhei uns presentes muito bons e quem disser que essa não é a melhor parte de se fazer aniversário... é um grande de um mentiroso!rsrs

Sinceramente, foi um dos melhores aniversários que eu já tive. Eu até quase esqueci daquele detalhe inconveniente de você ter que ficar mais velha e coisa e tal.

Espero que o do ano que vem seja tão bom quanto...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Se eu fosse uma bruxa...



Eu queria ser uma bruxa com um anel mágico. Assim, poderosa e sabedora da força da minha magia eu jogaria para longe, no fundo de um caldeirão borbulhante, o passado alheio que me assombra de vez enquando.

Seria questão de um estalar de dedos e um pouco de asa de morcego. É. Fim de papo. Eu acabaria com isso de uma vez.

Se eu fosse uma bruxa com anel mágico, ninguém ousaria me afrontar e eu não seria mais invisível. Eu seria vista e respeitada. As pessoas tem medo das bruxas, apesar de que eu seria uma bruxa bem bonita, rsrs.

Ah, eu também seria uma bruxa atormentada. E todo mundo sabe que bruxa atormentada é um perigo, porque a gente meio que não tem pena de usar o Livro Mágico de Todos os Feitiços com as pessoas que atormentam a gente.

Eu lançaria o feitiço do esquecimento, do afastamento, do se-toca-minha-filha e do raio-que-a-parta. Esses seriam para as bruxas falsas que rodeiam a gente de todo lado a fim de roubar o nosso anel. E isso é totalmente uma falta de vergonha, porque elas bem que poderiam procurar um anel pra elas.

Ninguém poderia nada contra mim. Eu seria forte e uma bruxa encantadora. Eu encantaria com sorrisos e com cheiros de alfazema e rosas vermelhas. Eu encantaria com meus cabelos dançando soltos ao redor do meu rosto e jamais cairia da vassoura. Eu odeio cair da vassoura. São as bruxas falsas que me fazem cair. Eu não gosto delas. Não gosto do cheiro delas. Argh! A gente sente o cheiro de longe.

Se eu fosse uma bruxa com um anel mágico eu não teria mais cócegas nos pés. Eu odeio cócegas nos pés...

Então, se eu fosse uma bruxa com um anel mágico, tudo seria perfeito. Porém, como nada na vida é perfeito... eu tenho que me contentar em ser uma bruxa sem anel mágico.

Mas isso não significa que vocês não têm que ter medo de mim...rsrs. Toda bruxa tem seu poder...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Professora, eu?!


É, terminei por aqui a minha longa carreira de professora. Ora, pra quem é professor, um ano e meio é sim, uma longa carreira. Nossa, é um trabalho que leva a sério o significado da palavra... trabalho.

Eu entrei de férias na sexta-feira do meu último trabalho como professora (eu espero que tenha sido mesmo...). Fui me desligando paulatinamente dos lugares onde eu dava aula. Primeiro foi o curso de Inglês, depois a escolinha onde eu dava aula de Inglês pro ensino fundamental e, por último, deixei de dar aula particular para Júlia e Maria Theresa.

Essas duas em particular, vão me dar um pouco de saudades. Eu as ensinei durante um ano e meio e, pelo que eu soube, eu totalmente bati o recorde de tempo como professora dessas duas. Não por elas serem duas pestinhas, elas são crianças normais e até bem comportadas na maior parte do tempo. Eu acho que o problema era mesmo com as outras professoras que não tinham gabarito pra aguentar o rojão (quem me conhece bem e acompanhou o decorrer do meu trabalho naquela casa, sabe bem do que eu estou falando...).

A verdade é que elas são duas princesinhas adoravelmente inteligentes, embora me fizessem querer arrancar meus cabelos de vez em quando...

Maria Theresa então... É surpreendente. Muitos adultos graduados e pós-graduados ficariam envergonhados diante dessa criaturinha de 8 anos. Por quê? Porque ela é bastante instruída para uma criança da sua idade, tem um vocabulário riquíssimo e uma criatividade admirável.

Ela bem me lembra a mim mesma quando tinha a idade dela e eu espero que ela possa fazer muito do que eu não pude, por não ter os incentivos certos ou muito apoio da família.

A Júlia é altamente sensível. Ela se preocupa com os outros e é muito emotiva também, além de ser fera na matemática. O futuro dela com certeza também vai ser brilhante.

Eu deixei pra dizer só na sexta-feira que eu não iria mais continuar com elas no segundo semestre. A Júlia chorou e tentou negociar comigo pra que eu ficasse. A Maria Theresa não acreditou e me pediu muito para que eu reconsiderasse.

Eu gosto daquelas duas garotinhas e vou sentir falta delas e me preocupar com o tipo de pessoa que vai ocupar o meu lugar. Será que ela vai ter paciência com elas? Será que vai ensiná-las direito? Será que ela vai saber aproveitar o talento e a inteligência daquelas duas bonequinhas? Eu espero que sim.

Então, desde sexta-feira eu estou oficialmente desempregada. Depois de um ano e meio trabalhando todo dia eu estou de volta àquela vida de fazer nada. Por enquanto.

Agora eu vou aproveitar minhas últimas férias de verdade porque, no mundo dos adultos, isso não parece ser uma coisa de que eles gostem muito. Afff...

É isso aí!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Arlinda



Hoje eu vou escrever sobre a Arlinda. Quem é a Arlinda?

É o que eu vou dizer aqui...

Eu conheci a Arlinda na universidade. Nós passamos 5 anos juntas no curso de Jornalismo e até fomos amigas em um pedaço desse tempo.

Essa menina sempre deu o que falar na nossa turma. O temperamento dela era algo meio que parecido com aqueles fenômenos da natureza que fazem com que o tempo mude de repente. Nada do tipo de sol a chuva, não... Era de sol a nevasca e de uma brisa leve a um furacão. Ela brigou com praticamente todo mundo da nossa turma e falava o que pensava na cara de qualquer um, mesmo quando isso não era muito conveniente.

Com mais ou menos um ano e meio estudando juntas a Arlinda me fez passar uma das maiores vergonhas de que eu tenho lembrança. Nós ficamos de dupla em um trabalho de informática. Ela havia feito a parte dela e me entregou para que eu pudesse completar com a minha. Só que eu confundi as datas de entrega e esqueci de fazer. Esqueci mesmo. Era final de semestre e os professores tem o terrível costume de passar todos os trabalhos ao mesmo tempo. Eu estava concentrada em um deles e esqueci o de informática.

Quando eu cheguei pra aula, a Arlinda veio me perguntar se eu tinha levado o trabalho e eu respondi que tinha esquecido de fazer. Então, ela colocou em prática o que me deixa mais desconcertada de todas as coisas que me deixam desconcertadas: ela começou a gritar.

Eu não sei brigar. Eu não sei gritar com ninguém. Eu queria bem saber, mas eu não sei. Senão, eu teria dito todas as palavras malcriadas que passaram pela minha cabeça, no mesmo tom em que ela falou ali comigo.

Eu fiquei meio que paralisada, sem ação, travada. Porque é isso que acontece quando alguém briga comigo. Eu fico nervosa e com um certo pânico.

Então eu tive que engolir todas essas coisas chatas que eu estava sentindo e fingir que não tinha um monte de gente olhando aquela cena toda. Aí eu só virei as costas e deixei ela gritando ali sozinha.

É claro que ela tratou de atrair mais atenção e começou a chorar como se fosse o fim do mundo. Como se a professora fosse um dragão de 3 cabeças e não fosse entender se a gente dissesse pra ela: "Olha, professora... a gente não conseguiu terminar o trabalho a tempo. Tem as outras disciplinas e tal... Fim de semestre... A senhora pode dar outro prazo pra gente?" E foi o que aconteceu! A professora me deu um prazo novo, já que a Arlinda fez com que as pessoas saíssem atrás de um computador pra ela poder terminar o benedito do trabalho, pra ela entregar sozinha.

E eu fiquei lá... A megera, a irresponsável, a inútil... Como se eu tivesse acordado naquele dia e resolvido: "Hoje eu não vou fazer esse trabalho de informática coisa nenhuma. É! Eu vou é assistir TV o dia todo, ler umas revistas e fazer as unhas. Tô nem aí pra Arlinda. E num tô nem aí pra mim também, porque o trabalho também é meu."

É... Até parece que eu fiz isso, ao invés de acordar cedo e ir em uma casa de deteção para menores infratoras entrevistar a diretora e saber como era a rotina dessas meninas em um lugar como esse.

Eu fiquei triste e com uma vontade de chorar tremenda. Mas eu não fiz isso. E só eu sei como foi difícil, já que eu sou a maior chorona de todos os tempos, se vocês querem saber. E depois eu senti raiva também. Muita raiva. Na verdade MUITA raiva. Uma raiva que eu nunca senti antes.

Mas o que mais me chateava era o fato de, no dia seguinte, a Arlinda agir como se nada tivesse acontecido. Era como se ela totalmente ignorasse os meus sentimentos, como se eles não valessem nada.

Eu não sou como ela. Meu coração se fere e demora a cicatrizar. Mas ele cicatrizou. Nada como o tempo, né?

E eu comecei a achar a Arlinda simpática e até... amigável.

Nós trabalhamos juntas. Nós apresentamos um programa de variedades na Rádio Difusora e passamos a ficar muito tempo juntas. Foi o tempo em que me senti mais amiga da Arlinda. Falo de ser amiga, mesmo. Eu contava a minha vida e ela me deixava saber algumas coisas sobre a dela. Sempre achei Arlinda meio misteriosa. E um tempo depois eu pude ter certeza absoluta disso.

Foi durante esse tempo também que o curto tempo dessa amizade, se acabou.

A Arlinda foi noiva por 5 anos com um cara que ela conheceu na escola. Gastou uma fortuna com chá-de-panela, mobiliou um apartamento e dias antes do casamento ela desistiu de tudo. Foi aí que ela começou a experimentar a liberdade contida durante 5 anos e namorou como nunca.

Por nunca conseguir ficar sozinha, ela sempre quis também que nós, as amigas encalhadas, tivéssemos companhia como ela.

Então ela fez coisas do tipo, entregar meu número de telefone pro rapaz desconhecido que sentou ao lado dela no ônibus, além de inventar que um colega dela de trabalho estava a fim de mim. E a confusão começou aí...

Eu acreditei nesse "clima" que ela inventou. Ela meio que chegou pro cara e disse que eu tava a fim dele e chegou pra mim e disse a mesma coisa. Então eu comecei a alimentar aquilo, cheguei a conversar com o garoto, nós marcamos de se encontrar e tal... E no dia que a gente se encontrou ele, tipo, totalmente me ignorou. Eu fiquei chateada e magoada e ela viu isso tudo. E não achando pouco, ela ficou com o menino em um evento em que eu estava presente, não fez questão de ser discreta e depois me contou isso como se fosse a coisa mais engraçada do mundo.

E eu fiquei profundíssimamente magoada com o fato de eu estar ali, quieta na minha e ela ter decidido fazer escolhas por mim, brincar com meu destino, com meus sentimentos e inventar essa história toda pra, no final, eu sair prejudicada.

Eu estava passando por um período meio difícil comigo mesma. É quando a gente está tomando consciência de que está ficando adulta e não tem como atrasar mais isso. E você começa a se perguntar quem é e porque não está contente com você mesma. Eu não precisava que a Arlinda me arranjasse um meio de levar um belo de um fora naquele momento e arrasar ainda mais a minha pouca autoestima.

As minhas decepções com essa garota não pararam por aí. E não só por coisas que me afetaram diretamente mas, com o que ela fazia de mal para as outras pessoas, principalmente se elas fossem minhas amigas.

Eu fiquei com um rancor muito grande dela. Eu sei que ela vai ler isso e pelo que eu conheço dela ela pode até ficar surpresa com tudo isso que eu estou dizendo aqui, porque parece que ela nunca percebia o efeito ruim que ela deixava nas pessoas. Quer dizer, ela até podia perceber, ela não é burra. Ela sabe que toda ação tem sua reação. Ela até pedia desculpas pra todo mundo a cada vez que a gente se reunia pra confraternizar ou coisa do tipo. Ela fez isso na nossa aula da saudade, na semana da formatura. E ela sempre dizia que sentia muito e que ia mudar e tal... Sinceramente, Arlinda, eu nunca acreditei de verdade nessas palavras.

De uns tempos pra cá, eu deixei de tentar entender essa alma atormentada e só tenho acompanhado de longe (numa distância segura, que eu num sou besta) a intensidade com que ela tem vivido. Eu falo com ela amigavelmente, mas não me sinto amiga e, pelo menos agora, eu não tenho vontade de ser. Talvez eu ainda tenha medo dela. Nós totalmente temos sintonias muito diferentes. Quem sabe algum dia, né Arlinda? Um dia talvez eu deixe de te considerar só colega de curso e a gente volte a ser amigas novamente.

E dessa observação toda que eu tenho feito eu percebi que, bem, tem uma pessoa ali dentro. Tem uma pessoa, tem um coração e uma cabeça doidinha. Ela está meio perdida (na verdade ela sempre foi sem rumo mesmo...) e está tentando encontrar um caminho, o caminho dela. O negócio é que ela escolhe muitos deles, não tem paciência de chegar até o final, ela mesma se machuca, parece que ela não gosta dela.

Arlinda quer o que todo mundo quer. E ela tem tudo pra conseguir. Ela quer um amor, quer amigos, quer família. Ela quer casar e ter filhos e se dedicar a eles. Ela vai saber fazer isso muito bem. Ela pode até dizer que não... Como eu disse, não tenho tido tanto contato com ela pra saber se ainda é o que ela quer. Ela pode dizer que não porque já noivou, já namorou muito e casou também! Não deu certo... Ela se dedicou demais a uma pessoa que não tinha a mesma intenção. Ela gastou energias em uma coisa que, todo mundo via, já estava fadada ao fracasso. E depois disso tudo ela pode dizer que agora ela quer é saber de estudar e trabalhar e ser independente e se dedicar mais a ela e blá, blá, blá... Ela sempre disse isso e nunca chegou a executar o plano.

E embora eu tenha visto que ela amadureceu um bocado e aprendeu com os tropeços que ela deu, menina... ainda tem que ter um pouco mais de paciência com a vida e olhar mais para dentro de você.

E hoje eu também a admiro, porque ela teve coragem de terminar com o namorado, vender o carro, deixar o emprego, a família, os amigos e ir pra São Paulo se aventurar naquele hospício de proporções gigantescas.

Arlinda, apesar de tudo, eu te desejo sorte. Desejo também que você crie juízo e veja que se você parar um pouco pra tomar noção do que acontece dentro de você, de se conhecer, de saber o que você quer de verdade (hummm... é... isso se chama sensibilidade... ou coisa assim), você vai encontrar o caminho certo e vai ver que a entrada desse caminho só estava um pouco coberta por alguns galhos e que você não viu porque passou por ele rápido demais (e mais de uma vez, com certeza).

Boa sorte pra você aí. Eu espero que dê tudo certo mesmo. Espero que você se torne maior do que já é e... pelo amor de Deus... não faça eu me arrepender dessas últimas palavras. Vai ser um mico muito grande!!

Juízo macaca!!
É isso aí!!