quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Ovelha negra.


Eu sou a ovelha negra da família. É, eu sou a ovelha negra. Pelo menos é o que minha mãe acha.

E tudo isso, partindo do princípio de que, eu estou morando na casa dela e estou desempregada a dois meses.

De modo que, se eu não estou trabalhando isto a incomoda absurdamente, embora ela não me compre roupas, não pague minhas contas, não tem que me dar dinheiro quando eu vou viajar... porque, quando eu REALMENTE preciso, eu peço dinheiro ao meu pai e procuro não perturbá-la com esse tipo de bobagem financeira.

Começando com este ponto (o de eu não estar trabalhando), ela segue para o seguinte que é... eu gostar de ficar calada na minha. Ela SEMPRE detestou isso e eu acredito que o maior sonho dela era ter uma filha que falasse pelos cotovelos sem parar e fosse a super popular entre todo mundo.

O próximo assunto inevitável é: todas as filhas de todas as amigas dela são as "super-populares-entre-todo-mundo. Quer dizer, porque eu posso ser eu se eu DEVO ser como as filhas-super-populares-entre-todo-mundo-das-amigas-da-mamãe?

E depois... (pra que parar se tá ficando bom, né? Ela deve pensar...) Joga na minha cara o tempo todo que eu tenho um namorado e que mesmo tendo sido assim durante toda a minha vida, ela JURA-POR-TUDO-QUE-É-MAIS-SAGRADO, que eu mudei radicalmente a minha personalidade por causa dele, o Herlon.

Então, ela demosntra claramente com suas palavras que eu devo estar doida e tenho que ser internada imediatamente em um hospício se passa pela minha cabeça maluca, fazer aquela coisa medonha tipo, pensar em construir uma vida ao lado de quem você ama. Resumindo: casar.

Na verdade eu acho que ela preferia que as filhas dela pulassem de uma ponte antes de fazer esse tipo de estupidez. O que nem faz muita diferença entre casar e pular de uma ponte, mas ela nem pensa nisso!

Parece, na verdade, que eu a estou incomodando tremendamente em ter arranjado um namorado justamente quando ela acabou de se separar do meu pai. Eu deveria ser mais solidária a ela...

E, aí vem a melhor parte dos paradoxos de mamãe... Depois de dizer que sempre deu apoio e incentivo em tudo que a gente quis fazer na vida, ela faz pouco da oportunidade de emprego que eu estou esperando em outra cidade e acha que é pura humilhação e perda de tempo. Detalhe: é através desse emprego que eu vou começar realmente minha vida.

E então, disso tudo ela resume que, se eu não estiver ganhando meu próprio dinheiro eu tenho que ouvir tudo o que ela tem pra dizer, não importa se ela está de TPM ou já tenha falado a mesma coisa 1.273.947.894. de vezes. Eu tenho que ouvir o que eu quiser, sem achar ruim, porque a casa é dela, ora, e não de todo mundo aqui.

Por isso, eu só posso concluir que aos olhos da querida mamãe em questão, eu sou a filha-megera-que-odeia-todo-mundo-aqui. Eu sou muito má. E deveria ser castigada. E não ter nenhum namorado. E não casar nunca porque todos os homens são maus. E nunca querer um bom emprego em outra cidade porque isso é uma coisa totalmente inatingível.

É. Eu tenho mesmo é que pular de uma ponte.

P.s.: Calma, gente... É brincadeira.

Um comentário:

Anônimo disse...

kkkk...sei muito bem o q é issoo!!
já passei por isso!!