E, cara, eu tô morreeeeeeeeeendo de sono, mas eu tenho pelo menos que começar a escrever isso aqui antes que eu esqueça as melhores partes.
E tudo começou antes mesmo de eu vir pra cá, mais específicamente na fila do banco (eu já disse que eu O-DE-I-O filas de banco?). Nossa como eu detesto aquele lugar! Não, não é o Banco do Brasil. Eu achei outro banco agora, pra pagar os meus pecados e é bem pior, porque lá fede. É! É um banco de elite e terrivelmente fedorento, porque tem um espaço muito pequeno e, muito provavelmente, as pessoas que o freqüentam não são muito chegados em tipo... banho.
Então eu estava lá naquela ante-sala do inferno cheirando à suvaqueira, quando eu resolvi agilizar um pouco a vida e avisar Jonilza de que eu ia para José de Freitas e ia ficar na casa dela até Merinha chegar de Teresina.
Pois bem, vocês (quem quer que seja que tem a coragem de ler esses textos enormes aqui desse blog...) já leram em um post lá atrás, algumas das coisas que mais me irritam na face da terra e entre elas está? Está? Acertou quem respondeu: "odeio quem puxa assunto comigo em filas de banco". E o que foi que aconteceu? Hein, hein? Uma senhora que estava na minha frente resolveu ouvir indiscretamente a minha conversa ao telefone e depois quis saber um pouco mais da minha vida, como se isso fosse ajudar a passar o tempo dela. E, sabe? Eu não me importaria nem um pouco de ficar ali calada, na minha, só esperando aquela fila andar e morrendo de dor nos pés (além de uma enxaqueca de dois dias), não, eu não me importaria. Mas aquela mulher pensava assim? Pensava? Nããããããããããããão. Ela só queria saber da curiosidade absurda dela sobre a vida de pessoas que estão atrás dela na fila da droga do banco. Que pessoa mais egoísta!!
Por isso, assim que eu desliguei, desenrolou-se a seguinte conversa:
- Tu vai viajar? (E o que que ela tinha a ver com as calças?!)
(Pensando durante três segundos se era o caso de ignorá-la e fazer ela passar vergonha e eu passar por mal-educada ou... bem, responder a pergunta idiota dela)
- Vou - respondo finalmente.
- Pra onde? (Mais que coisa!)
(Mais três segundos....)
- José de Freitas.
- Tu é de lá?
(1... 2... 3...)
- Não. Minha família é de lá e eu tenho muitos amigos também.
E vocês devem estar imaginando o meu sofrimento em ter uma conversa tão invasiva assim, com UMA PESSOA QUE EU NÃO CONHECIA!!!
E isso não é "brabesa" ou frescura. Não. É uma coisa minha. Poxa! Ela podia ser alguma daquelas mulheres que seqüestram criancinhas por aí. E... certo, eu não sou nenhuma criancinha, mas ela era bem feia e dava até medo... Nossa!
- Eita que deve ser uma festa quando tu chega lá, né? Elas ficam alegres...
- (1... 2... 3... e com o sorriso forçado) Ficam, sim.
E ela fez a pergunta mais absurda de todas!!
- E tu vê lá... matando galinha?
Agora, deixa eu explicar a coisa toda aqui. Até o momento eu não tinha percebido a imagem que a feia senhora estava tendo da minha viagem à José de Freitas. Ela achava que eu ia pro interior dos interiores e que, as minhas amigas, instruídas, estudantes universitárias quase se formando, que sabem conversar e se comportar educadamente em qualquer lugar, eram umas caipiras faltando os dois dentes da frente que ficavam felicíssimas em receber a amiga da cidade e, para comemorar, matavam o primeiro bicho que viam na frente delas pra cozinhar ao molho. Francamente!!! E, além de tudo, o que há de tão assustador em matar uma galinha? Não que eu já tenha matado uma na vida ou tenha vontade de fazer uma coisa dessas, afinal, para minha comodidade, elas já vêm mortas e cortadinhas em pedaços no supermercado, mas... Pelo amor de Deus! Em que mundo ela vive? Duvido que se a galinha não estiver lá, prontinha, ela não vá comer uns bons pedaços. Afinal, ela não tinha nenhum corpo de Miss Universo...
Então, eu respondi:
- Minha vó mata galinha, sim.
- Eu não tenho coragem de ver...
Daí, ela virou pra frente de novo e eu dei graças a Deus e pedi a Ele também, que fizesse aquela fila acabar logo antes que aquela mulher sentisse uma vontade incontrolável de conversar durante todo o percurso até o caixa.
3 comentários:
Eita véa intrometida, se fosse eu tinha dado logo uma cortada daquelas, mas usando, é claro, toda a educação que mamãe me deu, e se mesmo assim ela não se mancasse, aí eu dava uma cortada do meu jeito mesmo...(BRUTO!)
Hoje o céu desceu em beijo à terra
Hoje acordei com os sinos a tanger
Um manto de cristal e fino orvalho
Ajudou mais uma flor a nascer
Cada gota prende um suspiro
Descem do celeste em doces canções
A terra prende-me o sonho
Em manto de contradições
Boa semana
Mágico beijo
Eita veinha intrometida do carái!! Eu teria saído da fila com um pretesto de que voltaria logo logo, só pra "cortar as asas" dessa véi desocupada e intrometida (além, é claro, de feia)... Beijos Lanussa..
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