segunda-feira, 21 de julho de 2008

Vida corrida


A semana do meu aniversário foi absolutamente estressante. Sinceramente, parece que já virou tradição, esse negócio de ficar estressada nos dias especiais. Foi assim no dia da formatura, foi assim no meu aniversário... E eu disse:

- Se no dia do meu casamento, eu pelo menos desconfiar que vai ser estressante desse jeito... Eu não caso! Caso, não! Fica o noivo lá no altar! Eu vou pra um spa fazer massagem.

No dia da minha festinha eu tive que acordar muito cedo. Eu e Samantha tinhamos que ir até a universidade federal para fazermos o teste de nivelamento do curso de Inglês. Eu estava muito cansada mas... o estudo vem sempre em primeiro lugar, né? O que é que eu posso fazer se eu sou tão estudiosa e esforçada?? É uma coisa que é mais forte do que eu... (Nossa, como eu sou mentirosa... kkkkkkkkkkkk).

Tá, eu acho mesmo que estudar é muito importante (tanto quanto eu acho que é chato), mas eu não sou a pessoa mais estudiosa da face da terra. Porém, eu sou uma garota consciente e que também não gosta muito de ser burra, então, achei melhor acordar cedo mesmo e ir fazer aquele tal de teste.

O fato é que eu estava nervosa. E fiquei mais nervosa ainda quando Samantha voltou da sala e disse que não passou para o segundo módulo, que era o que a gente queria, porque é muito difícil conseguir vaga para o primeiro.

E, cara! Eu fiquei besta com a quantidade de vezes que eu fiz o "momento OMO PROGRESS", ou seja, branco total.

Eu, sinceramente, achei que essa história de branco fosse desculpa esfarrapada de quem não consegue passar no vestibular ou tira nota baixa na escola... Mas, não é que, pela primeira vez na televisão, aconteceu isso comigo?? Eu esqueci tanta palavra idiotamente fácil que eu fiquei tremendamente irritada com isso!!!

Bom, mas o cara lá que estava conversando comigo era bem legal e entendeu perfeitamente o meu nervosismo, de modo que, mesmo com todo aquele esquecimento, pela primeira vez na televisão também, eu tive uma conversa de verdade, em Inglês, com outra pessoa. Eu entendia o que ele dizia, eu respondia, eu fazia perguntas, ele me respondia. Muito legal, mesmo.

E no fim ele me disse que eu tinha um Inglês muito bom e que eu havia passado direto para o segundo módulo do curso. Mesmo assim, achei uma pena a Samantha não ter passado, mesmo a gente tendo estudado um monte de coisa pra ela poder fazer esse teste. Como ela nunca fez cursinho, foi mais difícil... Agora vou ter que passar por todo aquele processo de chegar em uma turma que já se conhece, onde eu sou uma estranha, e tentar fazer amigos novos. Isso pode ser uma tortura para uma pessoa absurdamente tímida feito eu. Mas, enfim... Vou ter que passar por isso a minha vida toda.

Então, nesse dia eu corri pra lá e pra cá um monte de vezes até chegar em casa pra fazer um bolo, ainda. Mesmo achando muito esquisito esse negócio de aniversário. É, pensa bem! De repente você acorda e TODAS as pessoas estão te dando uma atenção absurda, TODA de uma vez. É como se elas tivessem se dado conta, só naquele dia, que você realmente existe. Fora o fato de que elas chegam pra gente e dizem:

- Parabéns!!!

E te dão abraços e tapinhas nas costas, como se você tivesse descoberto a cura do Câncer ou algo assim.

E a Samantha até me disse:

- Lanussa! Olha pelo lado bom! O teu aniversário só é um sinal de que tu passou um ano inteiro sem morrer!

É... vendo por esse lado... rsrs

Eu só gostava mesmo de aniversário quando eu era pequena... quer dizer, pequena eu ainda sou... quando eu era criança... quer dizer, criança eu ainda sou às vezes... quando eu era... ah! vocês entenderam!

Então quando eu era miniatura de Lanussa eu fazia aniversário e, mesmo assim, continuava a ser criança. Eu absolutamente adorava esse tal de aniversário. Mas, quando eu comecei a passar por isso e vi que muita coisa ia mudando... que eu tipo, não poderia mais colocar música da Xuxa pra animar os convidados ou distribuir sacolinhas da Barbie com brinquedinhos, eu comecei a ver isso com outros olhos...

E tem também essa parte de a gente ter que mudar de idade e tal. E uns números grande começam a te perseguir... Ora, eu acho que isso é uma tremenda falta de democracia aniversarística, isso sim! Por que, tipo, eu não posso escolher a idade que eu quero? Porque, pode acontecer de eu não simpatizar com aquele número e tudo mais. Se eu gosto de 18, porque eu não posso ter 18? O que é que tem demais?! Essas convenções da sociedade... Quem garante mesmo que eu tenho vinte e... vinte e... Não importa! Quem garante mesmo que eu tenho aquela idade? Quem garante que o nosso calendário é mesmo o certo? Eu acho que é o momento de pensarmos mais nisso e nos rebelarmos contra a ditadura do aniversário. Onde estão os direitos humanos, afinal??? Onde??

Se bem que, eu ganhei até uns presentes bem legais, diferente do ano passado, em que me foi negado esse direito. E se, afinal, essa é a parte boa de se fazer aniversário, eu também quero usufruir disso.

Mas, ai, ai... Eu ainda estou bastante cansada, porque meus dias continuam sendo uma correria, sem prazo definido para voltar a normalidade. E eu quero férias... O que é totalmente um absurdo porque, ora, eu ESTOU de FÉRIAS!!!!!!!!! Imagine quando essas tais "férias" acabarem...

Alguém me mate.

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