segunda-feira, 17 de março de 2008

Os caras...




"Moreno alto, bonito e sensual. Talvez ele seja a solução pros meus problemas..." Não. Pensando bem... qual é o meu tipo, afinal?

Se me fizerem essa pergunta, eu vou responder:

Tem que ser alto, sim. Não muito, mas o suficiente para não me deixar com dor no pescoço por três dias seguidos. Cabelos compridos, brinco e tatuagem.

Parece um maloqueiro metido a hippie, mas ele usa óculos e isso o deixa com um ar meio intelectual-largado...

Ele tem traços delicados, porém marcantes, o sorriso lindo e enlouquecedor e uma voz de tirar o fôlego.

Inteligente, instruído, responsável, bom filho, bom irmão, bom amigo e ainda por cima, a-do-ra crianças. Tá. Se esse cara pedir, eu caso com ele. (E vocês já sabem a minha opinião sobre casamentos.)

Agora, se me perguntarem quantos caras como este eu já namorei, eu vou responder: nenhum.

Quer dizer, não de verdade. Um desses amores de carnaval que somem da vida da gente com a mesma velocidade que aparecem. E não é pelo fato de que eu o descrevi aqui, que ele foi tipo, meu-grande-amor-de-todos-os-tempos e tudo mais.

Quer dizer, é só o tipo que me atrai de cara mas, isso não significa que eu só namore garotos assim. Podem acreditar... os caras que eu namoro, totalmente não são assim. Uma mistura absurda de jeitos, feições, humores, valores... Aff... Chega a dar um nó na minha cabeça.

E se vocês acham que beleza, é uma coisa que eles têm em comun, estão redondamente enganados. Os indivíduos que mais arrasaram meu coração, não eram (e ainda não são), nada bonitos.

A minha primeira paixão avassaladora foi um cara baixinho e branquelo que me deixava absurdamente irritada com a mania dele de ter respostas pra tudo. Todas elas, nenhum pouco convencionais. Nada de reponder simplesmente o que se é pra responder. Isso me deixava (e ainda me deixa) bastante nervosa.

E como eu o amei e, ainda o amo, porque mesmo não sendo mais namorado, ele é meu amigo e eu amo com-todas-as-forças-da-minha-alma aquele baixinho irritante.

A minha segunda paixão (razoavelmente) avassaladora, foi um cara um pouco mais alto que eu, porém... com uns quilinhos acima do peso. Ele também não tem o rosto bonito, mas eu acho a boca dele uma graça. Nele, o que mais me irritava era o falso-moralismo e machismo exagerado porque tipo, eu não podia nem olhar pro lado ou cumprimentar os meus amigos que ele vinha me dizer que essa não era a forma de uma garota se comportar, quando ele ficava saracoteando por aí, com todas as curicas que apareciam na frente dele. É. Fidelidade não era lá o seu forte e ele tinha um medo inconsciente de que eu fizesse isso com ele, também. Acho que, por isso, embora eu goste bastante dele, eu não o amo-com-todas-as-forças-da-minha-alma.

A minha terceira paixão (totalmente não avassaladora), foi um cara mais novo, mais baixo, nariz grande e com um sério problema de acne (e Deus queira que ele nunca deseje ardentemente ler este blog porque ele é um tanto quanto sensível aos meus comentários...). Ao contrário dos outros, acima citados, ele era (e ainda é) um amor de pessoa. Me tratava maravilhosamente bem, fazia tudo por mim, é inteligente, bem humorado. Tipo, um cara pra namorar mesmo. O problema é que nós não somos muito de concordar com a época certa para fazer isso. Quando eu queria namorar esse cara ele se conveceu de que estava apaixonadíssimo pela minha prima. Quando ele caiu na real e descobriu que, na verdade, gostava mesmo era de mim, eu meio que, não tava mais com vontade, não...

A minha quarta... (nem sei o que foi aquilo, porque nem deu tempo pra ser paixão, quanto mais avassaladora). Bem, foi um cara nem um pouco bonito, também, que era muito alto, muito magro e pra completar, só se vestia de preto. Até aí, tudo bem, como diz o Amadeu Campos... O negócio é que ele era uma pessoa psicologicamente perturbada, em todos os sentidos da palavra. Ele sofria de trasntorno bipolar, transtorno obssessivo compulsivo, tomava traja-preta desde que se entendia por gente e ingeria altas doses de vodca ouvindo música russa (pra entrar no clima, sabe?)

Tá, pessoas. Eu tô rindo pra caramba aqui, porque, EU é que devo ser psicologicamente perturbada, por me envolver com gente desse tipo.

O rompimento aconteceu de maneira brusca, pelo msn, num desses rompantes que ele tinha, quando ele se referia às minhas amigas de forma nada ortodoxa e se irritava com coisas que eu não fazia (literalmente).

Mas... contudo, todavia, entretanto, não é pelo fato desses caras terem feito parte da minha vida amorosa, que eu vou querer uma fila de caras feios na minha porta. Lembra do cara de quem eu falei lá em cima? Com ele, rola um clima assim de cara. Com os outros, há todo um processo de reconhecimento de área e conquista.

Não vou dar uma de hipócrita aqui e dizer que beleza não importa, o importante é o que a pessoa é por dentro e coisa e tal... Fala sério! Quem é que acredita mesmo nisso?

O negócio é que eu já conhecia todos esses caras há um bom tempo, antes de chegar a rolar um clima, entende? Um tempo considerável até que chegasse aquele estágio em que, quando eu olhava pra eles, eu já não via o rosto mas, a essência.

Um estágio em que, beleza, não importa mais, porque, enfim, ela cansa com o tempo.

Tá certo que não deu muito certo nessa parte amorosa... Mas a culpa não foi minha. Eles é que têm um pequeno complexo de inferioridade e me deram um pé-na-bunda. TODOS eles...

Então, eu não deixo de ficar com nenhum garoto, por ele não ser, tipo um Brad Pitt e tudo mais. Até porque... eu nunca nem achei o Brad Pitt lá essas coisas... (Poxa, será que isso quer dizer que eu tenho algum problema?)

Se eu fiquei com esses caras, alguma coisa eles tinham que ter, além de não responderem às minhas perguntas, serem machistas, se apaixonarem pelas minhas primas e encherem a cara de vodca e tranqüilizantes.

E também porque... pra mim, nada é simples e sem complicações mesmo... Nunca que acontece de eu gostar de um cara, ele gostar de mim, nós resolvermos ficar juntos e pronto. Então, eu meio que já me acostumei com isso na minha vida e, no dia em que a coisa mudar, talvez eu estranhe e ache que é um sinal do fim dos tempos ou algo assim.

Mas de uma coisa eu tenho certeza, não adianta o cara ser lindo-de-morrer, se ele não me acrescenta coisa alguma. Detesto caras previsíveis porque eu, não sou nenhum pouco assim. Se ele diz sempre o que eu acho que ele vai falar... é um sinal de que ele é muito chato (e coisas chatas não me prendem a concentração).

O cara, pra me despertar interesse, tem que me forçar a pensar, tem que mexer com a minha cabeça primeiro, pra dar respostas à altura. Eu gosto disso. E não gosto de clichês, pelo amor de Deus! Nada de: "Eu daria um milhão por um beijo seu." Podem acreditar, já me disseram coisa desse tipo. E nunca, nunca em tempo algum, achar que eu sou perfeita e que sou feita de porcelana chinesa. Fala sério!! Esse negócio de ser perfeita já deu, procurem uma desculpa esfarrapada diferente, de agora em diante...

Galera, a minha vida amorosa daria um livro. DE COMÉDIA!!! Vou pensar na idéia de publicar essas histórias e ganhar, pelo menos, algum dinheiro com isso... rsrsrs

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