sábado, 29 de março de 2008

Semana Santa Capítulo 2 - A missão



Semana Santa em José de Freitas nunca é totalmente normal... Na verdade, desde que eu cresci e não ando mais de bicicleta dentro de poças de lama durante todo o dia... as coisas deixaram de ser normais.

Podem acreditar... depois que a gente vai na primeira festa do Sábado de Aleluia, é como ficar viciado em algum tipo de droga. Você quer sempre mais.

Então, quando eu conheci a turma que mora mais perto da "civilização", lá em José de Freitas, esse negócio de andar de bicicleta na lama, ficou de lado. Agora a gente tem uma relação diferente com ela. A lama, eu quero dizer.

Bem, mas deixa eu contar aqui como foi a Semana Santa...

Sexta-feira da Paixão, vocês já sabem, né? O episódio da pizza de atum... E-ca.

Mas, então, quando eu e Merinha estávamos esperando a nossa pizza-que-não-era-de atum, encontramos o Neilson, um antigo amigo meu e ex-vizinho e quem me beijou na boca quando eu tinha 16 anos (e 17 também).

O Neilson ficou lá com a gente até bem tarde, quando decidimos ir pra barragem bater ponto, como todo mundo faz no fim da noite (fim da noite, bem fim da noite, já entrando na madrugada).

A barragem não tava lá essas coisas. Talvez porquê o Pampa, que é tipo, o "bar da galera", estivesse inundado por causa das útimas chuvas que aumentaram o volume de água. Então não era a mesma coisa. Além disso, o cara que tava servindo a gente em um outro bar queria deixar todo mundo hipertenso de TANTO sal que ele colocou na batata-frita. Meio que pra expulsar mesmo dali.

Mas ninguém queria ir embora (mesmo sabendo que íamos sentir uma sede absurda por uns cinco dias seguidos por causa da dose excessiva de sal...), então a Jonilza inventou de pedir cerveja. Nenhuma de nós (eu, ela, Merinha e Suely... Sim, o Neilson estava achando muito ruim andar com esse monte de mulher... rsrsrs), gosta de cerveja e, o Neilson, não bebe nada que tenha álcool (uma coisa que nós, mulheres, admiramos muito) mas ela pediu do mesmo jeito.

E o que aconteceu foi que, a gente acabou estragando três cervejas. É, estragando, não bebendo. Porque a Jonilza colocava a cerveja nos copos, a gente tomava um gole, depois de fazer um dos milhares de brindes e esquecia ela lá, criando boto-cor-de-rosa.

Lá pras duas da manhã, nós fomos embora e a noite acabou.

O dia segunte começou cedo pra mim e pra Merinha. A gente ia pro salão de beleza aparar as pontas dos cabelos. Isso é uma coisa muito importante pra uma mulher, se você quer saber.

Infelizmente, não foi uma boa coisa pra mim porque a Cineide, dona do salão e cabeleireira-chefe, resolveu fazer arte pós-moderna com o meu cabelo. Tsc, tsc, tsc... Eu nem vou entrar em detalhes aqui. Só tenho uma coisa a dizer: ainda bem que cabelo cresce... Aff...

Mas, enfim, são coisas da vida... O Neilson levou a gente pra barragem de novo, só que à tarde. E nós tomamos refrigerante e comemos batata-frita, mas, dessa vez, sem sal, porque o mesmo se recusava a sair do diabo do saleiro. É a vida... de novo.

E à noite, teve a festa...

A festa, é um detalhe à parte...

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