domingo, 30 de março de 2008

Jogada na lama...



Quando Neilson, eu e Merinha estávamos voltando da barragem, ele resolveu parar no Parque de Vaquejada pra ver o movimento, porque não estava muito afim ainda, de voltar pra casa.

Então, depois de quase atolar lá na frente e encher o carro de lama, inclusive o Neilson (que teve até que tirar a camisa...), nós entramos no parque pra ver a vaquejada.

Não estava muito legal. Francamente, nem colocaram arquibancada desta vez. E a lama do lugar?! (Mais uma vez, ela). Tipo, deveriam ter colocado alguma coisa ali já que estavam vendo o lamaçal que se formou. Uma falta de absurdo!

Eu vi o estado da entrada daquele Parque de Vaquejada. A lama parecia brotar de todos os lados. Eu totalmente nem queria pensar na bendita hora em que teríamos de entrar na festa.

Por isso, eu meio que fiz como a Beck, no livro O Chá-de-Bebê de Beck Bloom, quando ela insiste em não pensar na hora do parto porque tem a convicção absoluta de que vão inventar uma forma indolor e prazerosa de parir uma criança.

Então, assim como ela, eu evitei pensar naquela lama toda e resolvi achar que, até a hora da festa, ela teria sumido de alguma forma, como num passe de mágica.

Mas não foi o que aconteceu... (Pelo jeito, a organização do evento pensou da mesma forma que eu).

Pior. Antes da festa, começou a chover cães e gatos e a lama que estava lá, praticamente quadruplicou.




Cara... quando a gente chegou lá, entramos em estado de choque por tipo, uns dez segundos e depois nos perguntamos:

- Como diabo é que a gente vai passar por essa lama toda?!

Vocês não tem noção! Era tipo, MUITA lama! Muito mais do que quando eu, Merinha, Jonilza e os meninos, fomos fazer trilha de moto e jogar lama em cima da gente, de propósito. E isso foi bem mais divertido.

Mas, sabe como é, né? Festa de Sábado de Aleluia, é festa de Sábado de Aleluia. Já é tradição! Assim, como comer torta de sardinha e coisa e tal. Como não havia outra festa na cidade... Era ali mesmo.

Eu devo dizer aqui que, foi bastante emocionante mergulhar uma sandália de R$ 79,00 na lama. A cada vez que eu enfiava meu pé naquela meleca, era como se mil facas entrassem no meu coração. Podem acreditar... era adrenalina pura. Ainda mais pelo fato de você saber que era a primeiríssima vez que usava a sandália em questão e que a conta do cartão de crédito nem havia chegado ainda. Então, tecnicamente, eu nem paguei a dita-cuja!




Bem, mas nós passamos a lama da entrada e encaramos com coragem a lama lá de dentro do local do show. A primeira banda já tinha começado a tocar e a gente só assistiu meia hora de apresentação. E com menos de meia hora também, a segunda banda parou de tocar porque começou a chover de novo, novamente, mais uma vez e havia uma cachoeira em cima da mesa de som. Resultado: molhou tudo e a banda ficou impossibilitada de continuar. Então... antes de duas da manhã, nós estávamos parados lá, sentindo o calor humano daquelas pessoas todas (algumas bem perfumadas, se é que vocês me entendem...) e com os pés enfiados na água até o tornozelo. É isso mesmo. Tipo, tava ótimo pra tirar a cutícula e tudo mais, de tanto que a gente ficou na água.




A Jonilza ficou bêbada (eu sei que ela vai odiar que eu escreva isso aqui, mas eu não tô nem aí, porque, enfim... ela não lê essa droga mesmo!). E quando a Jonilza fica bêbada, é meio que engraçado a forma como ela embola a língua e chama a Merinha e Merrrrrrrrrrrrrrrrrinha.

Só não é engraçada a parte em que ela tenta me jogar pra cima do... Melhor não dizer o nome dele aqui, porque ele também é um tanto quanto sensível aos meus comentários...

A Jonilza sabe que não rola mais nada entre mim e esse nosso amigo. Mas parece que ela faz isso de propósito. Eu disse pra ela que, na próxima vez, ELA é quem vai resolver o problema dele porque, beijo na boca é uma coisa que tipo, totalmente não tem mais a mínima possibilidade de existir entre nós dois.

E ele também não entende isso. Depois de várias conversas, várias explicações e até grosserias que eu disse pra ele... Francamente! Como é que uma garota me trata mal, me dá vários foras e, mesmo assim, eu ainda quero ficar com ela? Cadê o orgulho dele?? Sinceramente... Eu não entendo esses caras. Porque todos os que eu trato muito bem, me dão o bom e velho pé-na-bunda. Talvez seja melhor eu mudar de tática agora...

Bom, foi isso. Eu só estou esperando outro feriado nada normal em José de Freitas, pra não perder a forma.rsrsrs

sábado, 29 de março de 2008

Semana Santa Capítulo 2 - A missão



Semana Santa em José de Freitas nunca é totalmente normal... Na verdade, desde que eu cresci e não ando mais de bicicleta dentro de poças de lama durante todo o dia... as coisas deixaram de ser normais.

Podem acreditar... depois que a gente vai na primeira festa do Sábado de Aleluia, é como ficar viciado em algum tipo de droga. Você quer sempre mais.

Então, quando eu conheci a turma que mora mais perto da "civilização", lá em José de Freitas, esse negócio de andar de bicicleta na lama, ficou de lado. Agora a gente tem uma relação diferente com ela. A lama, eu quero dizer.

Bem, mas deixa eu contar aqui como foi a Semana Santa...

Sexta-feira da Paixão, vocês já sabem, né? O episódio da pizza de atum... E-ca.

Mas, então, quando eu e Merinha estávamos esperando a nossa pizza-que-não-era-de atum, encontramos o Neilson, um antigo amigo meu e ex-vizinho e quem me beijou na boca quando eu tinha 16 anos (e 17 também).

O Neilson ficou lá com a gente até bem tarde, quando decidimos ir pra barragem bater ponto, como todo mundo faz no fim da noite (fim da noite, bem fim da noite, já entrando na madrugada).

A barragem não tava lá essas coisas. Talvez porquê o Pampa, que é tipo, o "bar da galera", estivesse inundado por causa das útimas chuvas que aumentaram o volume de água. Então não era a mesma coisa. Além disso, o cara que tava servindo a gente em um outro bar queria deixar todo mundo hipertenso de TANTO sal que ele colocou na batata-frita. Meio que pra expulsar mesmo dali.

Mas ninguém queria ir embora (mesmo sabendo que íamos sentir uma sede absurda por uns cinco dias seguidos por causa da dose excessiva de sal...), então a Jonilza inventou de pedir cerveja. Nenhuma de nós (eu, ela, Merinha e Suely... Sim, o Neilson estava achando muito ruim andar com esse monte de mulher... rsrsrs), gosta de cerveja e, o Neilson, não bebe nada que tenha álcool (uma coisa que nós, mulheres, admiramos muito) mas ela pediu do mesmo jeito.

E o que aconteceu foi que, a gente acabou estragando três cervejas. É, estragando, não bebendo. Porque a Jonilza colocava a cerveja nos copos, a gente tomava um gole, depois de fazer um dos milhares de brindes e esquecia ela lá, criando boto-cor-de-rosa.

Lá pras duas da manhã, nós fomos embora e a noite acabou.

O dia segunte começou cedo pra mim e pra Merinha. A gente ia pro salão de beleza aparar as pontas dos cabelos. Isso é uma coisa muito importante pra uma mulher, se você quer saber.

Infelizmente, não foi uma boa coisa pra mim porque a Cineide, dona do salão e cabeleireira-chefe, resolveu fazer arte pós-moderna com o meu cabelo. Tsc, tsc, tsc... Eu nem vou entrar em detalhes aqui. Só tenho uma coisa a dizer: ainda bem que cabelo cresce... Aff...

Mas, enfim, são coisas da vida... O Neilson levou a gente pra barragem de novo, só que à tarde. E nós tomamos refrigerante e comemos batata-frita, mas, dessa vez, sem sal, porque o mesmo se recusava a sair do diabo do saleiro. É a vida... de novo.

E à noite, teve a festa...

A festa, é um detalhe à parte...

segunda-feira, 24 de março de 2008

A especialidade do atum em lata...


O primeiro dia de Semana Santa em José de Freitas já me rendeu um post para o blog... E eu vou dizer porquê...

Sexta-feira da paixão, segundo as tradições católicas, não é um dia para se comer carne. Quer dizer, só a partir da meia noite é que se permite comer alguma outra coisa que não tenha peixe no meio.

Mas, veja bem, na minha opinião, e de pessoas também esclarecidas, comer carne não significa que você vá queimar no mármore do inferno ou coisa parecida. Tipo assim, é o cúmulo da estupidez a pessoa achar que vai ser castigada por Deus, se comer carne na Sexta-feira da Paixão, quando essa mesma pessoa faz inúmeras coisas muito mais graves e "pecaminosas". É uma situação pra se achar engraçada mesmo...

Pois bem, o fato é que eu e Merinha, minha amiga, resolvemos não jantar antes de sair de casa e comer alguma coisa lá pela praça mesmo. Ela até sugeriu um "hamburguer de" lá no Giovane (José de Freitas é o único lugar no mundo que tem "hamburguer de", tá?), mas então lembrou que não se podia comer carne naquele dia. Mas eu disse: "Não me importo de comer carne hoje. Pra mim tanto faz..."

Tudo certo então, nós chegamos na praça e encontramos umas amigas da Merinha e da Jonilza e uma delas, certamente, "me-adora-de-paixão-com-todas-as-forças-da-sua-alma". Esta pessoa, demonstrou desde o intante em que me conheceu, uma antipatia por mim, que eu acho absurdamente inexplicável. Sério, mesmo, não é mania de perseguição.

Eu sempre tentei me mostrar educada com ela. Porque se a mãe dela não ensinou isso, a minha, sim. A cumprimentava sempre que a via e continuei fazendo isso mesmo sabendo que ela nunca me respondia. Fingia que o fato dela me chamar de "Latuza" ao invés de "Lanussa", não era de propósito só pra me irritar (ou falta de inteligência mesmo, o que a impedia de memorizar e pronunciar um nome que até criança de cinco anos consegue). E também nunca a tratei mal, mesmo quando ela falava mal de mim pras MINHAS AMIGAS, sabendo que elas irião me contar.

Ela é aquele tipo de pessoa que solta agulhas pelos olhos, quando vê você. Que mesmo que só eu esteja prestando atenção ao que ela está dizendo (mais uma vez, por educação) ela finge que eu não estou ali e nunca fala olhando nos meus olhos. Não sei qual é o tipo de cisma dela, comigo.

Então, eu decidi que não valia a pena me esmerar em demonstrar educação para com aquela pessoa, se ela não sabia o que era isso. Logo, nunca ia entender essa minha postura. Por isso, quando eu a vi, não fiz questão de falar com ela e fingi que aquele ser não estava nem ali.

Só que, a fome já estava apertando e a Merinha resolveu sentar na mesa com elas, sinal de que eu ia ficar com fome por mais algum tempo...

Mas, eis que Merinha me dá a sugestão de comermos pizza. Até aí, tudo bem... Então, ela completou:

- A Fulaninha (assim, no diminutivo mesmo) disse que aqui tem uma pizza de atum.

- Atum? - Eu disse - Amiga, eu não sou muito chegada em atum, não...

Só que, a minha cabeça (pecaminosa) ainda não tinha processado o motivo daquela pizza de atum. É que as Católicas Apostólicas Romanas, que temem a Deus sobre todas as coisas e que não cometem pecado algum na vida e cumprem todos os dez mandamentos e nem precisam morrer para serem canonizadas... resolveram colocar peixe também na pizza, porque "não se podia comer carne naquele dia".

E claro, elas acharam automaticamente que havia uma herege, ali, na frente delas e passaram a me antipatizar ainda mais só pelo fato de eu querer comer pizza de frango, na Sexta-feira da Paixão.

A Merinha, como tem a cabeça mais aberta, ainda tentou ajeitar todos os lados e teve a "petulância" de perguntar para elas, se as mesmas se importavam de comer carne naquele dia. E as duas responderam como se aquela fosse a pergunta mais idiota que elas ouviram até então:

- Me importo, sim!

A Fulaninha, ainda tentou explicar pra Merinha, o que era atum. Assim, tipo como se a Merinha fosse que nem ela e ficasse a vida toda, ali, enfiada naquela cidade, sem ter outra ocupação, a não ser falar da vida alheia e cultivar aquele corpo escultural que ela insiste em colocar dentro de roupas totalmente desproporcionais para o seu tipo físico.

É, eu tô sendo venenosa, mesmo! Mas o que é que vocês querem? Afinal, eu já como carne na Semana Santa!! Então, se eu já sou a "pecadora" mesmo... Não custa nada nada aumentar a minha lista de pecados mortais.

Então ela foi explicar pra Merinha que atum era, tipo uma sardinha. Ela falava como se aquilo fosse caviar ou coisa assim. E continuou falando pra ela das maravilhas do atum em lata, como se fosse uma palestrante discorrendo sobre as descobertas científicas do tratamento contra o câncer.

Então eu resolvi dar uma de altruísta e fazer aquele sacrifício de comer pizza de atum (eca!) porque, já que eu estava em minoria não tinha cabimento pedir uma pizza de atum, com uma fatia apenas de frango, porque eu só como isso mesmo...

E elas ficaram me olhando, assim como se dissessem: "Olha como é fingida..." (rsrsrsrsrs)

Mas o que acabou acontecendo mesmo é que, não tinha mais pizza de atum (talvez porque o resto da população que teme ir para o inferno por comer carne na semana santa, tenha acabado com o estoque de atum do bar onde nós estávamos) e assim como uma criança birrenta que quer a vontade feita de qualquer jeito, ela e a outra desistiram de comer pizza, porquê...

- Eu queria era de atum...

Há!! Não deu pra ela!!!

Agora, eu vou deixar claro aqui, que não estou querendo denegrir as tradições católicas e tudo mais. Eu respeito as tradições, até porque eu fui criada por uma família católica.

Mas, tudo tem limite nessa vida e nós temos que ter bom senso, também. Do que adianta eu deixar de comer carne na Semana Santa, se eu não trato as pessoas de forma justa? Se eu julgo as pessoas antes de conhecê-las, se eu falo palavras que magoam os meus amigos, se eu só sei criticar os outros e só me aproximo das pessoas quando elas podem me dar algo em troca? De que adianta eu não comer carne na Semana Santa, se eu olho com cobiça para as coisas alheias e coloco defeitos inexistentes só pra deixar a outra pessoa pra baixo???

Não estou querendo dizer aqui que todo mundo tem que ser santo, afinal, ninguém é. Até Madre Teresa teve seus momentos de dúvida e de pecados, também. Ela era humana. Agora, você tem que ser maduro o suficiente para assumir os seus atos e não ser tão hipócrita e dissimulado a ponto de apontar o dedo acusador para os outros, mesmo fazendo coisa muito pior do que eles.

Eu acho isso ridículo, se você quer saber.

E eu birrei também, de propósito. Eu deixei bem claro que não queria comer aquela meleca de pizza de atum, antes de dizer que não me importava, já que eu era a única que não queria.

Pela Merinha, eu teria comido aquela pizza de atum, mas não por elas! Até porque, a Merinha queria comer aquilo mais por curiosidade do que por religião. E olha que ela também foi educada dentro da igreja, que nem aquelas outras duas e teria todos os motivos pra ser igual a elas mas, graças a Deus (literalmente) se transformou numa pessoa muito melhor, porque é verdadeira.

E assim, como essas duas garotas de que eu falei agora, existem muitos outros falsos-moralistas, lá em José de Freitas, que posam de santinhos mas, que fazem coisa bem pior.

Tenha santa paciência...

quinta-feira, 20 de março de 2008

Festa mó legal!!!



Sábado, dia 15 de março, foi o baile de formatura da Samantha, minha amiga (não colega, não conhecida, amiga mesmo).

Eu não escondo de ninguém a minha não-paixão por bailes de formatura, diferente do resto das pessoas que, ultimamente, têm tido uma espécie de fixação por esse tipo de evento. Quer dizer, um monte de gente acha o máximo ir pra baile de formatura encher a cara de whisky, de graça, mesmo que o formando seja o amigo do primo do vizinho da sua tia-avó que mora do outro lado da cidade e que você não vê desde que tinha oito anos de idade.

É. Eu não acho isso grande coisa, por um motivo muito importante, pelo menos pra mim: eu não sou uma pessoa da noite. Isso mesmo. A noite, pra mim, é feita para ser passada debaixo dos lençóis, dormindo como um anjo.

Mas, era minha amiga Samantha, né? Poxa! Eu a conheço desde dos 15 anos de idade (e, pelo amor de Deus... não tentem calcular quantos anos a gente tem). Então, aquele baile seria também uma celebração da nossa amizade, o marco do fim de mais uma etapa das nossas vidas (mais uma que passamos juntas) e o recomeço de outra. Eu tinha que estar presente!

E, contrariando todas as minhas expectativas sobre passar a madrugada acordada ouvindo música alta, eu adorei!!

Foi uma festa linda! Nossa, a Samantha tava linda.



A Thainá, prima da Samantha, estava lá. E eu gosto muito da Thainá (apesar de que eu tive a ligeira impressão que ela estava tentando me embebedar com o benedito do whisky... mas deve ser só impressão mesmo). Nós dançamos muito. Nossa, eu nem lembro quando foi a última vez que eu dançei daquele jeito. E teve gente que, com certeza, ficou bastante surpresa por me ver sacodindo naquela pista de dança, diferente de quando eu estou na sala de aula, calada e quase sem ser notada por ninguém.






O Rogério, meu colega de curso, estava lá e até me tirou pra dançar. E eu sei que, na primeira oportunidade, ele vai falar para todo o grupo masculino que estudou com a gente, como eu sou diferente de quando estou na universidade.

Bom, mas eu dancei mesmo foi com o Anderson, o primo fofo da Samantha que é uma graça de pessoa. Muito lindinho. E muito educado e cavalheiro. E ele até desenvolveu uma amizade bastante grande com as minhas sandálias, porque fez o favor de segurá-las pra mim quando eu quis virar bicho e elas estavam atrapalhando que eu fizesse isso. Um amor...





É, Samantha... Lembra quando a gente fazia só o primeiro ano do Ensino Médio? Lembra de quando a gente ainda não se falava porque uma achava a outra antipática e vice-versa? (Geralmente esse é o sentimento que precedem as grandes amizades). Lembra quando a gente passou no vestibular??? Lembra de todos os momentos bons e ruins, das lágrimas que cada uma enxugou da outra, das vezes que rolamos de rir de qualquer coisa, dos desentendimentos bobos tão comuns da vida, dos momentos-femininos-filme-pipoca-chocolate??? É este o tesouro que nós temos em comum. Uma amizade que já nos persegue há alguns anos e que, eu espero, não nos deixe nunca.

Parabéns pra você, parabéns pra mim, parabéns pra Rosana (aquela BANDIDA que não foi comemorar com a gente. Espera só eu encontrar com ela, bichinha...), porque nós somos guerreiras, viu?! E nós merecemos essa vitória.



Que seja sempre assim...

segunda-feira, 17 de março de 2008

Os caras...




"Moreno alto, bonito e sensual. Talvez ele seja a solução pros meus problemas..." Não. Pensando bem... qual é o meu tipo, afinal?

Se me fizerem essa pergunta, eu vou responder:

Tem que ser alto, sim. Não muito, mas o suficiente para não me deixar com dor no pescoço por três dias seguidos. Cabelos compridos, brinco e tatuagem.

Parece um maloqueiro metido a hippie, mas ele usa óculos e isso o deixa com um ar meio intelectual-largado...

Ele tem traços delicados, porém marcantes, o sorriso lindo e enlouquecedor e uma voz de tirar o fôlego.

Inteligente, instruído, responsável, bom filho, bom irmão, bom amigo e ainda por cima, a-do-ra crianças. Tá. Se esse cara pedir, eu caso com ele. (E vocês já sabem a minha opinião sobre casamentos.)

Agora, se me perguntarem quantos caras como este eu já namorei, eu vou responder: nenhum.

Quer dizer, não de verdade. Um desses amores de carnaval que somem da vida da gente com a mesma velocidade que aparecem. E não é pelo fato de que eu o descrevi aqui, que ele foi tipo, meu-grande-amor-de-todos-os-tempos e tudo mais.

Quer dizer, é só o tipo que me atrai de cara mas, isso não significa que eu só namore garotos assim. Podem acreditar... os caras que eu namoro, totalmente não são assim. Uma mistura absurda de jeitos, feições, humores, valores... Aff... Chega a dar um nó na minha cabeça.

E se vocês acham que beleza, é uma coisa que eles têm em comun, estão redondamente enganados. Os indivíduos que mais arrasaram meu coração, não eram (e ainda não são), nada bonitos.

A minha primeira paixão avassaladora foi um cara baixinho e branquelo que me deixava absurdamente irritada com a mania dele de ter respostas pra tudo. Todas elas, nenhum pouco convencionais. Nada de reponder simplesmente o que se é pra responder. Isso me deixava (e ainda me deixa) bastante nervosa.

E como eu o amei e, ainda o amo, porque mesmo não sendo mais namorado, ele é meu amigo e eu amo com-todas-as-forças-da-minha-alma aquele baixinho irritante.

A minha segunda paixão (razoavelmente) avassaladora, foi um cara um pouco mais alto que eu, porém... com uns quilinhos acima do peso. Ele também não tem o rosto bonito, mas eu acho a boca dele uma graça. Nele, o que mais me irritava era o falso-moralismo e machismo exagerado porque tipo, eu não podia nem olhar pro lado ou cumprimentar os meus amigos que ele vinha me dizer que essa não era a forma de uma garota se comportar, quando ele ficava saracoteando por aí, com todas as curicas que apareciam na frente dele. É. Fidelidade não era lá o seu forte e ele tinha um medo inconsciente de que eu fizesse isso com ele, também. Acho que, por isso, embora eu goste bastante dele, eu não o amo-com-todas-as-forças-da-minha-alma.

A minha terceira paixão (totalmente não avassaladora), foi um cara mais novo, mais baixo, nariz grande e com um sério problema de acne (e Deus queira que ele nunca deseje ardentemente ler este blog porque ele é um tanto quanto sensível aos meus comentários...). Ao contrário dos outros, acima citados, ele era (e ainda é) um amor de pessoa. Me tratava maravilhosamente bem, fazia tudo por mim, é inteligente, bem humorado. Tipo, um cara pra namorar mesmo. O problema é que nós não somos muito de concordar com a época certa para fazer isso. Quando eu queria namorar esse cara ele se conveceu de que estava apaixonadíssimo pela minha prima. Quando ele caiu na real e descobriu que, na verdade, gostava mesmo era de mim, eu meio que, não tava mais com vontade, não...

A minha quarta... (nem sei o que foi aquilo, porque nem deu tempo pra ser paixão, quanto mais avassaladora). Bem, foi um cara nem um pouco bonito, também, que era muito alto, muito magro e pra completar, só se vestia de preto. Até aí, tudo bem, como diz o Amadeu Campos... O negócio é que ele era uma pessoa psicologicamente perturbada, em todos os sentidos da palavra. Ele sofria de trasntorno bipolar, transtorno obssessivo compulsivo, tomava traja-preta desde que se entendia por gente e ingeria altas doses de vodca ouvindo música russa (pra entrar no clima, sabe?)

Tá, pessoas. Eu tô rindo pra caramba aqui, porque, EU é que devo ser psicologicamente perturbada, por me envolver com gente desse tipo.

O rompimento aconteceu de maneira brusca, pelo msn, num desses rompantes que ele tinha, quando ele se referia às minhas amigas de forma nada ortodoxa e se irritava com coisas que eu não fazia (literalmente).

Mas... contudo, todavia, entretanto, não é pelo fato desses caras terem feito parte da minha vida amorosa, que eu vou querer uma fila de caras feios na minha porta. Lembra do cara de quem eu falei lá em cima? Com ele, rola um clima assim de cara. Com os outros, há todo um processo de reconhecimento de área e conquista.

Não vou dar uma de hipócrita aqui e dizer que beleza não importa, o importante é o que a pessoa é por dentro e coisa e tal... Fala sério! Quem é que acredita mesmo nisso?

O negócio é que eu já conhecia todos esses caras há um bom tempo, antes de chegar a rolar um clima, entende? Um tempo considerável até que chegasse aquele estágio em que, quando eu olhava pra eles, eu já não via o rosto mas, a essência.

Um estágio em que, beleza, não importa mais, porque, enfim, ela cansa com o tempo.

Tá certo que não deu muito certo nessa parte amorosa... Mas a culpa não foi minha. Eles é que têm um pequeno complexo de inferioridade e me deram um pé-na-bunda. TODOS eles...

Então, eu não deixo de ficar com nenhum garoto, por ele não ser, tipo um Brad Pitt e tudo mais. Até porque... eu nunca nem achei o Brad Pitt lá essas coisas... (Poxa, será que isso quer dizer que eu tenho algum problema?)

Se eu fiquei com esses caras, alguma coisa eles tinham que ter, além de não responderem às minhas perguntas, serem machistas, se apaixonarem pelas minhas primas e encherem a cara de vodca e tranqüilizantes.

E também porque... pra mim, nada é simples e sem complicações mesmo... Nunca que acontece de eu gostar de um cara, ele gostar de mim, nós resolvermos ficar juntos e pronto. Então, eu meio que já me acostumei com isso na minha vida e, no dia em que a coisa mudar, talvez eu estranhe e ache que é um sinal do fim dos tempos ou algo assim.

Mas de uma coisa eu tenho certeza, não adianta o cara ser lindo-de-morrer, se ele não me acrescenta coisa alguma. Detesto caras previsíveis porque eu, não sou nenhum pouco assim. Se ele diz sempre o que eu acho que ele vai falar... é um sinal de que ele é muito chato (e coisas chatas não me prendem a concentração).

O cara, pra me despertar interesse, tem que me forçar a pensar, tem que mexer com a minha cabeça primeiro, pra dar respostas à altura. Eu gosto disso. E não gosto de clichês, pelo amor de Deus! Nada de: "Eu daria um milhão por um beijo seu." Podem acreditar, já me disseram coisa desse tipo. E nunca, nunca em tempo algum, achar que eu sou perfeita e que sou feita de porcelana chinesa. Fala sério!! Esse negócio de ser perfeita já deu, procurem uma desculpa esfarrapada diferente, de agora em diante...

Galera, a minha vida amorosa daria um livro. DE COMÉDIA!!! Vou pensar na idéia de publicar essas histórias e ganhar, pelo menos, algum dinheiro com isso... rsrsrs

Parabéns, Cecí!!!!!


Cecí,

Que dia especial é o de hoje, porque hoje, é o seu dia. O dia em que comemoramos o seu nascimento e festejamos o fato de você estar aqui, conosco. (Nossa, eu tô tão apresentadora-de-telegrama-falado, colega...)

Apesar... de eu não entender o estranho hábito das pessoas contarem, de um por um, os anos que passaram desde que nasceram e comemorar o fato de estarem ficando mais velhas.

Porque, pensa bem! Os anos vão passando, a gente vai envelhecendo, daí vem os cabelos brancos, as rugas, as dores nas costas, a vista embaçada (ou MAIS embaçada, no nosso caso) e então a gente tem que gastar uma fortuna em tintura, cirurgias plásticas, botox e cremes-hidratantes-à-base-de-pérolas-que-hidratam-até-os-ossos (esse veneno aqui, só a gente sabe o que é... rsrsrs).

Ah, mas, pensando bem, deixa isso pra lá! Porque os anos que já passaram, só nos mostram que temos outros ainda pela frente. E que já vivemos coisas interessantes, emocionantes, alegres, tristes, frustrantes, decepcionantes e que já nos fizeram arrancar até os cabelos... mas, que vamos passar por tudo isso de novo, só que em situações diferentes e dessa vez... poupe os cabelos (lembra da fortuna em tintura).

Mas o dia é seu, então vamos falar de você. E parodiando um crítico francês, eu digo que, há em você: uma romântica que acha a realidade rasa demais, uma realista que acha o romantismo vazio, uma jornalista que acha nossos burgueses grotescos e, uma pretendente à burguesa que acha os jornalistas, às vezes, pretenciosos, tudo isso envolto por uma garota que acha todos ridículos, por insistirem em usar a hipocrisia para passarem por verdadeiros anjos. (Ninguém sabe se é Gabriel ou se é Lúcifer...).

Além de tudo, é meiga, gentil, carinhosa com todos, com um ar, às vezes, meio infantil, que só faz com que você seja mais querida.

Porém, a Cecília, deixa de lado a criança que existe nela, para se transformar em uma mulher bonita, sedutora, que fala o que pensa e, não pensa duas vezes em entrar numa briga, se for para defender os seus interesses e das pessoas que lhe são queridas. (Nossa, como eu tô sentimental... rsrsr).

Ah, quer saber de uma cosisa? O aniversário é teu, mas quem ganhou o presente foi eu, porquê:

"É uma porta que se abre.

É mão estendida.

Sorriso que te alegra.

Olhar que te compreende.

Lágrimas que se unem à sua dor.

Palavras que te animam,

E críticas para te corrigir.

É um abraço de perdão.

Um aplauso que te incentiva.

Um encontro que te alegra.

É um favor sem recompensa.

Amizade é tudo aquilo,

Que sentimos uma pela outra."

Então, eu só posso te desejar muitas felicidades, muitos anos de vida, tudo de bom e todas aquelas coisas que a gente diz quando as pessoas fazem aniversário.

Porque, cara... tem pessoas que vale a pena a gente conhecer... mas você valeu a galinha inteira.

Feliz aniversário, sua macaca doida!

Da tua amiga e companheira de loucuras de doidices...



P.S.: Eu e Cecí já vivemos muita coisa juntas nesses cinco anos de convivência. É a amiga verdadeira que eu garimpei no curso de Comunicação. É a criatura que vai ficar na minha vida pra gente lembrar dos anos na universidade. Fez parte de uma fase e eu espero que ainda faça, das que virão adiante.

Eu e Cecí já rimos juntas até ter dor de barriga, já choramos na frente do computador enquanto líamos ou escrevíamos e-mails rasgados que declaravam nossa amizade e o amor que sentimos uma pela outra... E-mails esses, que, às vezes, eram pedidos de socorro e SEMPRE foram respondidos quase que imediatamente.

Quantas coisas hein, Cecília??

Só nós duas sabemos o que é a vida de cada uma, com todas as felicidades e dificuldades que cruzam o nosso caminho... Como ela disse: somos feitas da mesma essência... somos feitas de sonho e alegria.

Ela sabe que pode contar sempre comigo (mesmo que, às vezes, ache que eu deixe ela de lado e coisa e tal ou não dê atenção suficiente. Eu dou atenção, sim! É que ela gosta de ser dramática de vez enquando, assim como eu, porque a gente reveza nesse negócio de ser atriz de novela mexicana) e, eu sei, que posso contar sempre com ela, porque a Cecí sempre me deu provas disso.

Macaca, eu já disse isso tantas vezes... Mas não custa dizer de novo:

EU TE AMO!!!

Felicidades, sempre.

sábado, 15 de março de 2008

Curso para homens




Bom, este post aqui é especialmente para o meu amigo Manoel Filho(do Blog 100 Eira Nem Beira), que vive falando de nós, mulheres, no blog dele... Querido amigo, já que você vive dando boas dicas para nós, seres que fazem da vida dos homens um paraíso na terra, eu resolvi colocar uma boa opção de como vocês devem passar o tempo, adquirindo alguns conhecimentos...






CURSO PARA HOMENS



OBJETIVO PEDAGÓGICO: Permite aos homens desenvolver a parte do corpo da qual ignoram a existência (o cérebro).


SÃO 4 MÓDULOS.

Módulo 1: Curso (Obrigatório)

1. Aprender a viver sem a mamãe (2.000 horas)
2. Minha mulher não é minha mãe (350 horas)
3. Entender que não se classificar para o Mundial não é a MORTE (500 horas)

Módulo 2: Vida a dois
1. Ser pai e não ter ciúmes do filho (50 horas)
2. Deixar de dizer impropérios quando a mulher recebe suas amigas (500 horas)
3. Superar a síndrome do "o controle remoto é meu" (550 horas)
4. Não urinar fora do vaso (1.000 horas - exercícios práticos em vídeo)
5. Entender que os sapatos não vão sozinhos para o armário (800 horas) 6. Como chegar ao cesto de roupa suja (500 horas)
7. Como sobreviver a um resfriado sem agonizar (450 horas)

Módulo 3: Tempo livre

1. Passar uma camisa em menos de duas horas (exercícios práticos)
2. Tomar a cerveja sem arrotar, quando se está à mesa (exercícios práticos)

Módulo 4: Curso de cozinha
1. Nível 1 (principiantes = os eletrodomésticos (ON/OFF = LIGA/DESLIGA) 2. Nível 2 (avançado = minha primeira sopa instantânea sem queimar a panela)
3. Exercícios práticos = ferver a água antes de pôr o macarrão.




CURSOS COMPLEMENTARES:



POR RAZÕES DE DIFICULDADE, COMPLEXIDADE E ENTENDIMENTO DOS TEMAS, OS CURSOS TERÃO NO MÁXIMO 3 ALUNOS.

1. A eletricidade e eu: vantagens econômicas de contar com um técnico competente para fazer reparos;
2. Cozinhar e limpar a cozinha não provoca impotência nem homossexualidade (práticas em laboratório);
3. Porque não é crime presentear com flores, embora já tenha se casado com ela.
4. O rolo de papel higiênico: Ele nasce ao lado do vaso sanitário? (biólogos e físicos falarão sobre o tema da geração espontânea);
5. Como baixar a tampa do vaso passo a passo (teleconferência);
6. Porque não é necessário agitar os lençóis depois de emitir gases intestinais (exercícios de reflexão em dupla);
7. Os homens dirigindo, podem SIM, pedir informação sem se perderem ou correr o risco de parecer impotentes (testemunhos);
8. O detergente: doses, consumo e aplicação. Práticas para evitar acabar com a casa;
9. A lavadora de roupas: esse grande mistério!!;
10. Diferenças fundamentais entre o cesto de roupas sujas e o chão (exercícios com músico terapia);
11. A xícara de café: ela levita, indo da mesa à pia? (exercícios dirigidos por Mister M);
12. Analisar detidamente as causas anatômicas, fisiológicas e/ou psicológicas que não permitem secar o banheiro depois do banho.


Aproveitem rapazes!! E façam suas matrículas!!! rsrsrs

terça-feira, 11 de março de 2008

Tempo de leitura



Estou descansando um pouco de computador e internet e, conseqüentemente, vou postar menos (ainda) aqui no blog. Resolvi voltar a ler um pouco e desanuviar a minha mente já muito agitada, da enchurrada de informações (inúteis) que isso aqui trás pra gente.

Fazia tempo que eu não tinha tempo pra ler. É. Tempo, aqui, é um negócio muito complicado de lidar. Simplesmente porque eu me recuso a ser escrava desse troço inventado nem sei por quem e tentar (com uma força absurda pois, esse tal de Tempo, quer ser mais forte do que eu. Pode?) fazer a minha própria forma de seguir horários. Tipo, fazer as coisas só quando eu tenho vontade. O que não vem dando muito certo...


Mas, do que que a gente tava falando mesmo??


Ah, sim! Estou lendo um pouco. Uns livros bem legais, por sinal.




Eu gosto de livros. Na verdade, adoro livros. Na verdade sou louca de pedra por eles.


Porque livro, tem tudo o que eu gosto, numa coisa só: palavras, histórias e papel. Eu também tenho uma adoração psicopata por papel. Não me dêem papel de presente. Não me entreguem aquele papel de bala dizendo: "Olha, é pra você. Guarda com carinho, tá?" Nunca façam isso. Eu guardo, mesmo. E o meu armário já está com a lotação esgotada.


Enfim, não há nada melhor que eu ache, do que pegar aquele livro bem pesado, com mais de trezentas páginas e ficar viajando com suas palavras, conhecendo lugares e me afeiçoando a pessoas que não fazem parte da minha vida, que sequer existem de verdade, mas que tocam a minha alma, o meu coração ou que me dão um puxão de cabelo e me fazem ficar com raiva.


Eu sou uma criatura absurdamente participativa, quando estou lendo livros. Eu me envolvo nas histórias. É como se eu fizesse parte daquilo, de verdade.


É por isso que eu escolho com cuidado, o meu tipo de leitura. O que nem sempre, resolve muita coisa...


Eu já tive pesadelos enquanto estava lendo um livro do Sidney Sheldon, porque ele fez questão de descrever com bastante detalhes como estavam os corpos de pessoas assassinadas por uma maníaca obssessiva compulsiva. E também, já tive que parar de ler um livro deste mesmo autor, como forma de evitar um ataque cardíaco, tamanha era a pressa com que batia o meu coração, enquanto eu lia a cena de um julgamento.


Quando eu li As Brumas de Avalon, praticamente entrei em transe algumas vezes... Quando eu li O Diário de Brigdet Jones, eu fiquei maluca que nem ela... Quando eu li Os Delírios de Consumo de Beck Bloom, comprei um monte de coisas que nunca usei, porque estavam em promoção. Quando eu li, O Diário da Princesa, quis ter um namorado igual ao dela e os meus diários ficaram iguaizinhos... Quando eu li Os Anos 40, da Rachel Jardim, me danei a escrever minhas memórias e não cheguei sequer, à segunda página... Quando eu li Para Uma Menina Com Uma Flor, do Vinícius de Moraes, resolvi escrever crônicas... Quando eu li... Não. Melhor parar. Senão o povo vai me mandar lá pro Meduna e eu não sei se lá, eles deixam a gente ler livros...


Bem, o fato é que: livros são minha paixão. É uma coisa que não tem explicação... Não é só gostar de ler... Tem também a estética da capa, a qualidade do papel, essas coisas. Tenho respeito por livros, seja ele qual for. Não risque livros na minha frente, nem machuque as páginas e a capa do pobrezinho. Isso dói no meu coração.



Sei admirar, mais do que o conteúdo do livro, a sua beleza, também. Tem certos livros que eu nunca teria vontade de ler, mas seria capaz de comprar, só porque são bonitos. Eu ficaria satisfeita só de ficar olhando para eles. Não se assutem com isso e nem pensem que é mais uma maluquice minha. Não tem um monte de gente que passa horas olhando para um amontoados de rabiscos em uma tela, sem entender porra nenhuma do que está ali e, assim mesmo, acha lindo? Então. Faço isso com os livros.


A minha maior aflição, quando criança, era aprender a ler. Ainda me lembro da agonia que eu senti quando me deram uma revistinha em quadrinhos, em um passeio à uma fábrica de refrigerantes e eu olhava para aquelas letras sem saber o que elas queriam me dizer.


Então eu tratei de aprender antes de todo mundo da minha turma. Minha mãe, professora, me ensinou em casa e, deste momento em diante, me apaixonei pelos livros.


Me dêem livros de presente. Eu vou amaaaaaaaaaaarrrr. Seja ele de que jeito for: fotografias, poesias, crônicas, romances (ai, ai...), biografias, comédia... E se eu não gostar do que está escrito, vou guardar com todo amor e carinho, assim como eu faço com o meu livro de Ética do Jornalismo (aff...) e os meus livros de matemática (afffffffff...).


Então, vou dedicar esses meus dias à leitura e conhecer mais cidades, mais pessoas, rir sozinha feito uma louca, chorar de repente sem ninguém entender, suspirar de cinco em cinco minutos, sentir vontade de bater em alguém que não existe e saudade, quando a última página chegar...


E, façam isso vocês também, pelo amor de Deus!! Eu recomendo (rsrsrs).

sexta-feira, 7 de março de 2008

Os Estágios





As pessoas sempre me perguntam se eu já estagiei na minha área, quando eu digo que faço Comunicação Social (com habilitação em Jornalismo e Relações Públicas e, normalmente, elas ignoram totalmente a última, assim que ouvem a palavra Jornalismo), talvez por esperarem que eu diga algo sensacional, do tipo:


- Ah, eu trabalhei na Cidade Verde, produzindo o jornal da Virgínia Fabris e até me pediram pra substituí-la, um dia desses, porque ela estava com a garganta tremendamente inflamada mas, sabe como é... sou tão tímida.


Ou talvez...


- Eu fiz estágio no jornal Meio Norte, na editoria de Polícia e eu estava lá, fazendo a cobertura da prisão daquela quadrilha que traficava rins humanos para a África. Cara... muito emocionante!


Mas, ao invés de tudo isso, eu digo apenas...


- Anh... Eu fiz o estágio curricular obrigatório, né?


- Ah... (Com metade da expectativa frustrada). E onde foi?


- Na Assessoria de Imprensa da UESPI (Universidade Estadual do Piauí, onde eu estudo).


- Ah, tá... (Com a expctativa totalmente frustrada).


Na verdade eu não culpo as pessoas. Realmente, a noção que quase todo mundo tem dessa profissão, é uma coisa totalmente vibrante e cheia de emoção, onde você sabe de TUDO antes de todo mundo e convive com os "famosos" que a gente vê todo dia, na TV. Eu mesma, escolhi o meu curso por causa disso. (E também porque na hora do mamãe-mandou, o meu dedo apontou para Comunicação Social, ao invés de Turismo).


Para mim, os estágios são muito importantes. Para você saber que rumo quer seguir ou se odeia aquilo de paixão. No meu caso, foi sempre a segunda opção. A gente nunca sabe como o mercado de trabalho jornalístico pode ser tremendamente enfadonho, trabalhoso e absurdamente chato.


Não tomem isto como a verdadeira realidade da Comunicação. É só o MEU ponto de vista. Tem muita gente que acha isso divertido, mesmo com todos os aborrecimentos que essa vida de estagiário de jornalismo, pode causar.


Pois bem, antes de fazer o estágio curricular obrigatório, eu fiquei uns dois meses na Rádio Difusora, daqui de Teresina, sob o comando daquele cara que se diz grande jornalista mas, na verdade nunca passou nem na porta de uma faculdade: o tal do Mário Rogério (que diabo de nome é esse?).


Eu fui levada por uma colega de classe, que já estava trabalhando para ele, com a diferença de que, ela recebia um salário e eu, não. A garotinha aqui, teria que ir atrás de patrocínio para pagar o próprio salário e dar metade do que conseguisse, para a rádio, ou seja, o bolso do Mário Rogério.


Eu ia ser produtora de um programa de variedades, o COM VOCÊ, e a minha colega Arlinda, a apresentadora. Além disso, eu escreveria um jornal do Sindicato dos Médicos, que fazia parte de um projeto que o Mário definia como "muito promissor", de fazer os informativos de toda sorte de sindicatos que existisse na cidade. Um negócio muito chato e mal feito porque ele totalmente se negava a seguir as sugestões de uma estagiariazinha, somente por causa de um detalhe besta, tipo, eu estava na universidade e ele, como eu já disse, fugiu disso como o diabo da cruz.


Eu sabia como fazer, mas ele não deixava, porque o jeito dele é que era o certo. A partir desse momento, eu passei a odiar-com-todas-as-forças-da-minha-alma, aquele jornal insuportável. E a Arlinda, dando uma de esperta, me deixou sozinha nessa e ficou só com a apresentação do programa. E claro, pra igualar mais as coisas, eu deixava um pouco do meu trabalho de produtora, pra ela fazer também.


Eu ia todos os dias, pela manhã, acompanhar a Arlinda na rádio, durante a apresentação do programa. E, de vez em sempre, ela empurrava os textos pra eu ler, sem me avisar antes, mesmo que a gente estivesse no ar e coisa e tal. Nos momentos restantes, eu tinha que dar conta de um jornal do Sindicato dos Médicos, com assuntos totalmente desconhecidos e initeligíveis. Aff...


E, pra vocês terem uma idéia da coisa toda, vou colocar aqui uns trechos do meu diário (isso mesmo, ainda escrevo em diários), do período em que eu pagava os meus pecados como estagiária do Mário Rogério.





Domingo
07/05/2006
11:22 pm




Eu gostaria de saber se a minha TPM já passou. Quer dizer, eu quero saber se oficialmente, a TPM acaba assim que a menstruação chega. O que deve ser porquê o nome dessa coisa é TPM, ou seja, Tensão Pré-Menstrual. Quer dizer, é antes da menstruação e não, durante ou depois.
O que me leva a concluir que eu não estou mais no período de TPM e que, esse meu mau-humor ainda reinante e, esse estress permanente, é só pelo fato de hoje ser Domingo e, conseqüentemente, amanhã será Segunda-feira, o dia que eu mais detesto, depois do Domingo, porque antecede a Segunda-feira e a programação da TV é uma porcaria.
Isso tudo ainda, aliado ao fato de, amanhã, eu ainda ter que entregar aquela porcaria de jornal do Sindicato dos Médicos e que eu detesto de paixão, porque é o trabalho mais chato que alguém pode fazer e achei que, finalmente, teria me livrado dele na Sexta-feira, o que não aconteceu.
E por isso, eu estou estressada e de mau-humor e sofrendo por antecipação, porque amanhã é Segunda-feira: um dia que vai começar relativamente chato (Eu quis dizer "absolutamente chato". Viu? É o estress).
Agora eu vou dormir, porque quanto mais cedo eu fizer isso, mais tempo eu vou ter dormindo e, conseqüentemente, não pensando em amanhã. Então, depois eu conto o meu dia.






Segunda-feira
08/05/2006
09:27 am



E é incrível mesmo como esse trabalho é absurdamente chato. Primeiro que eu fui forçada a acordar muito cedo, tudo isso, depois de ter sonhos horríveis (porque eu não consegui relaxar pelo fato de o dia seguinte ser Segunda-feira) e de, finalmente, ter achado uma posição gostosa pra dormir, daquelas em que a gente não quer mexer um milímetro do corpo, justo na hora de acordar.
Então eu saí de casa e peguei o ônibus com o Júnior e ele me fez lembrar o quanto ele é irritante, às vezes, com essa mania de me mandar trabalhar de graça e achar que sabe tudo sobre a área de jornalismo e sobre o dia-a-dia de um jornalista e de como deve ser um jornalista. Putz! Fala sério! Ele faz não-sei-o-que-lá-da-informática! Quem faz jornalismo sou eu! (Júnior foi morar com Deus em 01 de julho de 2007. Ele atentava o meu juízo mas, mesmo assim, eu gostaria que ele ainda estivesse aqui conosco...).
Mas aí eu tive que ir ao SIMEPI (Sindicato dos Médicos do Piauí) e pegar o resto dos arquivos para esse jornal idiota e vim para a cooperativa, achando que iria adiantar o trabalho. Mas, aqui é tão organizado, que alguém está com a chave da sala e, ESTE ALGUÉM NÃO ESTÁ AQUI!! Eu posso com um negócio desses?
Então eu estou aqui, na recepção dessa meleca, perdendo o meu tempo, sem poder adiantar (ou terminar) a PORCARIA desse trabalho e nem sair daqui.
Tanta coisa que eu queria fazer meu Deus...
Ah. Agora eu tenho que ir fazer a PORCARIA DO TRABALHO CHATO!





02:31 p.m (Uespi - aula de Ética em R.P - um saco!)


E então, foi isso: eu consegui me livrar do trabalho chato mas, não de verdade, só por hoje. E agora eu estou aqui, nesta aula chatíssima, de Ética em Relações Públicas e a cada minuto, alguma das garotas me pergunta o que eu tenho. E isso me deixa mais zangada e com vontade de dizer que eu tô: COM RAIVA DE TODAS ELAS!!! (Lembrem-se que eu estava num momento de estress)




Terça-feira
09/05/2006
07:29 p.m



Eu e André* (meu namoradinho da época), combinamos de nos encontrar no sábado de manhã, lá na Uespi, quando nós dois temos aula. Eu disse pra ele que não ia mais na universidade pela manhã, esta semana, porque eu ainda estou presa à droga daquele jornal.
Áliás, eu já disse O QUANTO EU DETESTO A DROGA DESSE JORNAL? É, eu acho que já. Mas, não custa dizer de novo: EU DETESTO A DROGA DESSE JORNAL!!!!!!
Deus, por favor, Deusinho... Faça com que o tempo passe logo e eu, finalmente, consiga me livrar desse peso. Por favor, por favor, por favor!!!
Mais um dia me espera.




E assim, a minha vida passou, até que eu terminei todas as matérias daquele jornal que só falava de planos de saúde e métodos cirúrgicos que ninguém imaginava que pudessem existir. E o que foi que aconteceu? O SIMEPI, simplesmente, desistiu da idéia de ter um jornal. Quer dizer, depois de TODO o trabalho que eu tive, fazendo viagens da rádio, para o SIMEPI, para a cooperativa, eles simplesmente, com o jornal pronto nas mãos, disseram: "Mudamos de idéia. Não queremos mais". Assim, fácil.

Então, eu resolvi mandar tudo aquilo ali, pro quinto dos infernos, inclusive o programa na rádio (que ninguém ouvia mesmo...) e fui pra José de Freitas, curtir com os meu amigos, que eu ganhava muito mais.

E utilizei o meu tempo livre muito bem até que... Tchan, tchan, tchan, tchan!!! Chegou a terrível hora de fazer o Estágio Curricular OBRIGATÓRIO, na área de jornalismo.

Mas essa aventura sofredora, eu só vou contar, depois...