segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Essa aflição metafísica...


Em alguns momentos fazemos a nós mesmos, todas as perguntas acerca da nossa vida presente e futura que os habitantes deste vale de lágrimas costumam fazer quando estão desesperados e a que os padres (e-ca!) e os teólogos e as pessoas mais "sábias", respondem com evasivas e lugares-comuns... E pra piorar, só confundem mais as nossas cabeças.
Num dia, esperamos as alegrias do Paraíso (se é que ele existe...), no outro nos sentimos aterrados pelas garras dos nossos demônios interiores. Numa palavra, padecemos de uma espécie de monomania que se apossa de quantos procuram sinceramente uma solução para os mistérios da existência.
Quem somos? De onde viemos? Qual será o nosso estado futuro? Qual o sentido da nossa vida? Eu serei feliz? Tais são as perguntas insolúveis para o cérebro humano.
Este tipo de situação agoniante nos leva às rais do desespero. Uma nuvem sufocante de dúvidas e perturbações que parece, vai nos matar a qualquer momento.
Porém, é nesta hora que devemos ser mais calmos e usar a tática de fingir ser uma abóbora. É! Uma abóbora. Só ficar aí sem se preocupar (pelo menos por uns instantes) com os grandes segredos da nossa existência. O desespero nos leva a tomar atitudes que só nos farão mal. E não é esse o propósito. Não é esse o propósito...
Então, faça como eu e seja uma abóbora por um dia. Não vai te fazer mal. Só pense no amanhã, depois de amanhã. Fique perto de quem você gosta... E se precisar, peça ajuda. Porque, ninguém vive sozinho...

Por Lanussa Ferreira

*Parte deste texto foi parodiado do livro "Papisa Joana", de Lawrence Durrell

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