Ter uma casa com um pai dedicado, uma mãe amorosa e irmãos carinhosos é, sem dúvida, o sonho de muitas crianças e adolescentes brasileiros que, atualmente, vivem em abrigos à espera de alguém que as adote.
Uma realidade triste e que, não é um problema de responsabilidade apenas do poder público, mas também da família, da comunidade e da sociedade em geral, como diz o Art. 4, do Estatuto da Criança e do Adolescente.
O Brasil possui cerca de 80 mil crianças vivendo em abrigos, segundo dados da AMB – Associação dos Magistrados Brasileiros. Esse número contrasta com a fila de espera para adoção, pois há uma grande quantidade de pessoas que estão esperando uma criança, ao mesmo tempo em que há centenas de milhares de crianças esperando por pais adotivos.
Conforme o Art. 19, da Lei número 8069/90, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio de sua família natural e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes. E por melhor que elas sejam cuidadas nos abrigos, não é como estar em casa com os pais, sejam eles biológicos ou adotivos.
É preciso que as pessoas saibam que há crianças nesses abrigos, apenas esperando que alguém veja que elas podem dar amor, carinho e alegria. Não importa que essas crianças já sejam crescidas, saibam falar, andar e comer sozinhas. Se elas já sabem fazer isso, não quer dizer que elas saibam tudo. E, para que aprendam ainda mais, elas precisam de uma pessoa que as oriente e lhes mostre os caminhos da vida.
Introdução do livro "Tudo o amor transforma", de Lanussa Ferreira e Irno Mendes.
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