Há alguns anos atrás eu tinha
sérios problemas pra comprar o presente do dia dos namorados. Tipo... Eu não
tinha um namorado. Bem, o que não me impedia (é claro, de quem nós estamos
falando, afinal?!) de entrar em algumas lojas e ficar escolhendo um presente
para um objeto que não existia. Quer dizer, existia, mas o objeto meio que não
sabia que era, tipo... esse objeto. Ah! Por favor, nem tudo é perfeito, ora!
O fato é que resolvi esse pequeno
problema esquizofrênico quando comecei a namorar o Herlon e, junto com ele
também, incrivelmente como num passe de mágica, minhas amigas pararam de me
chamar pra ajudá-las A ESCOLHER O PRESENTE DO NAMORADO DELAS!
O que me leva realmente a crer
que, a maldade gratuita do Félix da novela Amor à Vida... Bem, não é nada de
novo, Walcyr Carrasco!
Quer dizer, o que há de pior pra
se fazer com uma garota encalhada do que acompanhar as amigas na compra do
presente do dia dos namorados, com todas
aquelas pessoas comprando o presente do dia dos namorados, com todos aqueles
corações decorando o mundo todo, com All You Need Is Love tocando
insistentemente ao fundo, com aquela vendedora-farejadora-de-encalhadas virando
pra você e perguntando:
- Você não quer ver nada pro seu namorado?
NÃO! NÃO! NÃO!
Ops! Isso é um texto, não um
pesadelo. Tá, voltando. Eu agora tenho um namorado e comprar o presente do dia dos namorados continua sendo uma
aventura...
Tudo começa com a seguinte frase:
- Lanussa, vamos combinar de não
dar presente do dia dos namorados esse ano?
Tipo, meu coração para toda
semana que antecede o dia dos namorados. Porque o MEU NAMORADO NÃO QUER ME DAR
UM PRESENTE! E isso, pra quem é menina e canceriana... Bem, ele poderia cravar
logo um punhal no meu peito, arrancar meu coração e comer ensopado com
batatinha e arroz branco, regado com um fio de azeite extra virgem.
Desde o primeiro dia dos
namorados tem sido assim. Aí, no dia, ele vai lá e me compra um presente. Quer
dizer, meu amor gosta de dar emoção à minha vida. (Amor, chega de emoção, tá?
Vamos deixar isso pra quando nosso filho pedir um par de tênis de R$ 600,00 no
Natal. Quer dizer, isso vai ser enriquecedor pra vida dele, você não acha?)
Bem, depois disso tudo vem outra
emoção... O que será que eu vou ganhar? Coincidentemente, nós meio que
revesamos e então, um ano é surpresa e o outro a gente mesmo escolhe.
No primeiro ano foi supresa e eu
ganhei um sapatinho bem fofo e ele ganhou uma calça jeans. No segundo ano eu
escolhi ganhar roupa e ele esclheu uma chuteira. No terceiro ano eu dei um All
Star e (não sei o que me deu na cabeça), deixei ele escolher e acabei ganhando
uma... camisa do Flamengo. E eu, inclusive, sugeri pra facilitar mais... BOLSA,
SAPATO e ROUPA mas, eu não sei que parte disso ele não entendeu. Ah, droga! É
claro! Ele achou que era roupa!
Amor... Desculpa, eu deveria ter
explicado pra você. Camisa do Flamengo não é roupa, é uma camisa do Flamengo,
ora!
Bem, o fato é que este ano
decidimos escolher nós mesmos o que ganhar e, nesse quesito, eu descobri que eu
sou o homem da relação. Porque, por incrível que pareça, eu não tenho paciência
pra ficar horas escolhendo o que eu quero. Se eu sei que eu quero uma camisa, eu
vou até as camisas, escolho uma ou duas que eu gostar, provo (quando eu tô com
uma dose extra de paciência...) e levo a que eu gostei mais... Pronto. Simples
assim... Já o Herlon...
Bem, acompanhem a nossa aventura no próximo post...
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