sábado, 15 de junho de 2013

Esquizofrenia do Dia dos Namorados...



Há alguns anos atrás eu tinha sérios problemas pra comprar o presente do dia dos namorados. Tipo... Eu não tinha um namorado. Bem, o que não me impedia (é claro, de quem nós estamos falando, afinal?!) de entrar em algumas lojas e ficar escolhendo um presente para um objeto que não existia. Quer dizer, existia, mas o objeto meio que não sabia que era, tipo... esse objeto. Ah! Por favor, nem tudo é perfeito, ora!

O fato é que resolvi esse pequeno problema esquizofrênico quando comecei a namorar o Herlon e, junto com ele também, incrivelmente como num passe de mágica, minhas amigas pararam de me chamar pra ajudá-las A ESCOLHER O PRESENTE DO NAMORADO DELAS!

O que me leva realmente a crer que, a maldade gratuita do Félix da novela Amor à Vida... Bem, não é nada de novo, Walcyr Carrasco!

Quer dizer, o que há de pior pra se fazer com uma garota encalhada do que acompanhar as amigas na compra do presente do dia dos namorados, com  todas aquelas pessoas comprando o presente do dia dos namorados, com todos aqueles corações decorando o mundo todo, com All You Need Is Love tocando insistentemente ao fundo, com aquela vendedora-farejadora-de-encalhadas virando pra você e perguntando:

- Você não quer ver  nada pro seu namorado?

NÃO! NÃO! NÃO!

Ops! Isso é um texto, não um pesadelo. Tá, voltando. Eu agora tenho um namorado e comprar o presente do dia dos namorados continua sendo uma aventura...

Tudo começa com a seguinte frase:

- Lanussa, vamos combinar de não dar presente do dia dos namorados esse ano?

Tipo, meu coração para toda semana que antecede o dia dos namorados. Porque o MEU NAMORADO NÃO QUER ME DAR UM PRESENTE! E isso, pra quem é menina e canceriana... Bem, ele poderia cravar logo um punhal no meu peito, arrancar meu coração e comer ensopado com batatinha e arroz branco, regado com um fio de azeite extra virgem.

Desde o primeiro dia dos namorados tem sido assim. Aí, no dia, ele vai lá e me compra um presente. Quer dizer, meu amor gosta de dar emoção à minha vida. (Amor, chega de emoção, tá? Vamos deixar isso pra quando nosso filho pedir um par de tênis de R$ 600,00 no Natal. Quer dizer, isso vai ser enriquecedor pra vida dele, você não acha?)

Bem, depois disso tudo vem outra emoção... O que será que eu vou ganhar? Coincidentemente, nós meio que revesamos e então, um ano é surpresa e o outro a gente mesmo escolhe.

No primeiro ano foi supresa e eu ganhei um sapatinho bem fofo e ele ganhou uma calça jeans. No segundo ano eu escolhi ganhar roupa e ele esclheu uma chuteira. No terceiro ano eu dei um All Star e (não sei o que me deu na cabeça), deixei ele escolher e acabei ganhando uma... camisa do Flamengo. E eu, inclusive, sugeri pra facilitar mais... BOLSA, SAPATO e ROUPA mas, eu não sei que parte disso ele não entendeu. Ah, droga! É claro! Ele achou que era roupa!

Amor... Desculpa, eu deveria ter explicado pra você. Camisa do Flamengo não é roupa, é uma camisa do Flamengo, ora!


Bem, o fato é que este ano decidimos escolher nós mesmos o que ganhar e, nesse quesito, eu descobri que eu sou o homem da relação. Porque, por incrível que pareça, eu não tenho paciência pra ficar horas escolhendo o que eu quero. Se eu sei que eu quero uma camisa, eu vou até as camisas, escolho uma ou duas que eu gostar, provo (quando eu tô com uma dose extra de paciência...) e levo a que eu gostei mais... Pronto. Simples assim... Já o Herlon...

Bem, acompanhem a nossa aventura no próximo post...

Nenhum comentário: