domingo, 1 de março de 2009

Um tesouro escondido.


Ontem eu arrumei o meu armário sem querer. É, sem querer. Tipo, eu estava procurando um papel com uma uma receita de frango e, quando dei por mim, tava arrumando o tal do armário. Tinha muita bagunça e eu joguei 10 quilos de papel fora.

Pra quem não sabe, eu sou a maníaca do papel. Ninguém pode me dar papel e pedir que eu guarde... Eu guardo mesmo! Aliás... não precisa nem me pedir um absurdo desses. E, mesmo com 10 quilos a menos de papel estocado, ainda ficou um montão, então daí vocês tiram a minha doença psicopata por papel.


Bem, o fato é que, em meio a esse papel todo, eu achei um poema do Nilson que ele me deu quando a gente estudava o terceiro ano do Ensino
Médio.

Eu olhei aquelas frases malucas e me deu um quentinho no coração ao mesmo tempo em que me veio a sua imagem na minha cabeça.

Nilson, eu queria que tu ainda estivesse aqui, pra continuar escrevendo esses poemas malucos e me pedir pra guardar, como este...

Mil segredos

Um dia eu estava pensando e falando

Um dia de noite, eram dez horas

Um dia de noite era meia noite e meia era dez e meia


Minha meia estava com meio chulé

O vento colorido e frio passava com seu cheiro de mulher

Mas mesmo assim, continuei sentado
Num banco redondo de quatro cantos

Estou lendo um jornal sem letras no reflexo da luz apagada

Com três manchetes seguintes:

"A ÁFRICA ERA RICA, HOJE ELA É POBRE"

"OS PAÍSES RICOS SÃO RICOS PORQUE ROUBARAM A ÁFRICA"

"A ÁFRICA ENRICOU OS RICOS E OS NOBRES"


Olhando para o céu, percebi que as estrelas eram gotas de mel

Pensei no meu segredo

Segredo é que tenho mil mulheres

Mas mil mulheres não me querem como seu segredo.
(Josenilson Ferreira de Lima)

2 comentários:

Jonathas disse...

Poema típico do Nilson mesmo. Que saudade daquele maluco...
Lanussa vc me permite colocar esse poema no meu blog tbm?

Lanussa Ferreira disse...

Oxe! Claro que pode colocar!!! Ele tem que ser lembrado sempre por todos os amigos dele.