Finalmente resolvi escrever o que, não adiantava... Tinha que ser escrito. Afinal, já virou tradição, né?
O meu balanço anual é uma forma que eu tenho de parar para pensar no que me aconteceu de bom e de ruim durante o ano e tirar algum tipo de lição de tudo. É pra isso que a gente vive, não é mesmo? Para aprender sempre com tudo o que passa pela nossa vida.
Queria definir 2008 com uma só palavra. Tarefinha difícil, essa... (rsrsrs). Mas isso não é problema. Já que eu sou escritora (assim penso eu...) e todo escritor gosta de palavras... Vamos usá-las todas para desenhar o indefinível ano de 2008.
Tudo começou com trabalho. Dia 30 de Janeiro de 2008, eu comecei a trabalhar. Putz! EU TRA-BA-LHAN-DO! E pasmem! Durante o ano todo! Eu fui até o fim em tudo que me propus a fazer. Não desisti no meio do caminho. Ganhei o meu dinheiro, fiquei mais independente. Adorei isso!!!
Por conta do trabalho, o meu período de vagabundagem se reduziu a praticamente ZERO. Nada mais de passar dias e até semanas, na casa da Deianne, jogando conversa fora e ouvindo os gritos dela e da Dainna. Nada mais de fins de semana em José de Freitas tomando vinho com as meninas. Nada mais de ir tomar sorvete no shopping com a Cecília ou passar tardes inteiras na casa da Samantha, assistindo comédias românticas, colocando os babados em dia ou mesmo, só assistindo bobagens na TV.
Eu fiquei MAIS ocupada, MAIS cansada e com MENOS tempo. Eu sabia que isso é consequência da vida de pessoa adulta. Bom, nós temos que crescer um dia, pelo amor de Deus! Mas... esse povo todo não entendeu muito bem, não. Começaram a cobrar minha presença sempre tão presente. "Menina! Tá sumida! Esqueceu das pessoas, foi? Não quer mais saber de mim..."Como eu ouvi isso. E não apenas de uma pessoa.
Então, um belo dia, eu parei pra pensar. Poxa! Eu agora tenho o que fazer! Tenho responsabilidades, horários, tarefas a cumprir! Por que essa cobrança sem sentido? Quer dizer, por que só eu tenho que ligar, que visitar, que me preocupar, que ajudar? Quer dizer, ninguém ligava pra saber como eu estava (mentira, a Merinha fazia isso), pra me visitar e coisa e tal...
Foi aí que eu reparei... não adiantava. Essa abnegação sem medida às outras pessoas, que sempre me fez mal, que eu sempre quis tirar da minha vida, continuava aqui, como um fantasma.
Acostumei as pessoas a me terem sempre por perto, fazendo favores, ajudando, dando suporte... Ai, ai... Quando é que eu vou aprender a dizer não, hein?
Aviso aos meus queridos amigos, que eu continuo com o mesmo endereço e número de telefone. Não se sintam encabulados de ligarem de vez em quando ou mesmo aparecerem para tomar um chá. Ao invés de esperarem que apenas EU faça isso.
Em abril de 2008, concluí mais uma etapa da minha vida e me formei no curso de jornalismo. Foram semanas cansativas, os meus pés doeram horrores, minha cabeça não parava de latejar, a UESPI me deu o maior trabalho e aborrecimento MAS, poxa, era minha formatura! Eu sorri, chorei, relembrei os períodos difíceis e felizes de toda essa caminhada de 5 anos e respirei aliviada no fim, com a sensação de tarefa cumprida.
Rosana e Samantha também fizeram parte disso. Assim como eu, elas também tiveram suas vitórias. Essas três mosqueteiras, que se juntaram no primeiro ano do Ensino Médio e que nunca mais deixaram de ser amigas, se tornaram, no ano de 2008: uma geógrafa, uma advogada e uma jornalista. Ficamos adultas! Quantas responsabilidades...
No momento em que escrevo como se passou o meu ano de 2008, decido que vou esquecer um pedaço dele. Vou mesmo. Tristezas e decepções que não valem a pena ser mencionadas, que não me fizeram nada bem. O que importa é que eu passei por aquilo tudo e estou aqui, muito tempo depois, no ano de 2009. No novo ano de 2009.
Agora, com a palavra... Meu Coração. É ele quem vai contar agora, esse pedaço da minha vida...
Em Julho de 2008, mês do meu aniversário, eu ganhei um presente maravilhoso que, acredito eu, Deus estava guardando para uma ocasião especial, como quando a gente faz 15 anos ou se forma na universidade.
Bem, acho que 15 anos não era uma idade muito boa. Então ele esperou até que eu me formasse. E eu tão sem paciência, né? (rsrsrs)
Herlon entrou na minha vida para torná-la mais... VIDA. Eu que já nem achava mais que existissem pessoas que valessem a pena. Ai, meu Deus... E olha só a coisa mais absurda! A responsável por isso foi... DEIANNE!!!
A minha prima maluca e que era recordista de me apresentar amigos-bomba, chegou de repente, do nada, com essa novidade e que eu confesso, fiquei terrivelmente desconfiada até um dia desses. Poxa! Fala sério! É da Deianne que nós estamos falando, pelo amor de Deus! Em todas as vezes que ela tentou ser meu cupido... totalmente não deu certo! (rsrsrsrs)
Mas DEU certo... Eu me emociono quando eu penso em tudo como é. Como eu me sinto querida e cuidada, como nunca foi antes. Como eu conheci boas pessoas, como cresci como pessoa. Como, pela primeira vez, eu me senti realmente especial.
Eu achei esquisito no começo. Eu fiquei com um pouco de medo. Desconfiada também. Isso é natural. A gente fica assim diante de novas e desconhecidas situações.
Mas, pouco a pouco, ele foi tirando isso de mim. Me tirou o que não servia, colocou novos chips no lugar. Eu deixei de ser maluca!(rsrs). E comecei a ser uma pessoa normal. Calma! Não tão normal, né? Também não vamos exagerar na transformação! Ainda dá pra ser a Doida da Lua (rsrs).
Lonzin... eu queria dizer o quanto eu gosto de tu, meu bem. Mas vão ter que inventar uma palavra nova, porque nenhuma das que eu conheço são suficientemente grandiosas pra mostrar isso. Ai, como eu sou bobona... Estou me desmanchando em lágrimas enquanto escrevo isso (deve ser aquele período do mês...)
Eu sei que eu digo isso poucas vezes. Eu sempre tive a impressão de que, pra você, é bem mais fácil dizer o que sente. Mas eu sei que você me ensina. Porque você está sempre me ensinando alguma coisa. Por isso você é especial, é importante, é encantador, é necessário e eu continuo achando isso tudo, mesmo quando tu tira um tempinho só pra atentar minha paciência e satisfazer a sua curiosidade-suicída de quanto tempo demora pra eu querer te matar por asfixia com a almofada do sofá.
E gosto até desses apelidos malucos que tu me arranja e eu finjo que não gosto quando tu me chama de "Petrusca" só pra coisa ficar mais engraçada. Mas, amor, não precisa usar tanto assim a criatividade, tá? Esses 57 apelidos que tu inventou já estão de bom tamanho. Além disso... Raimundinha não combina muito com Lanussa, não (rsrsrsrsrs).
Bem, voltando ao Balanço 2008... No fim do ano eu fiquei um pouco doentinha. A minha vida corrida, a confusão do pra-lá-e-pra-cá, sol de mais, má alimentação... somando a isso tudo, o fato de que eu ignorava totalmente alguns problemas emocionais... Fiz uma salada, engoli tudo e... essa bomba, uma hora explodiu, né? Mas, tudo ficou bem. A minha família estava perto, minha mãe, meus amigos, meu amor... Eu tenho é muita sorte.
Depois do Natal, eu fui conhecer a família do Herlon lá em Parnarama-MA. São pessoas maravilhosas e encantadoras, fui muito bem recebida e adorei todos os dias que passei lá. Durante a passagem de ano, Herlon e eu fizemos votos de que todos os planos que temos juntos, se concretizem. Esse pequeno espaço de tempo em que deixa de ser um ano e começa a ser outro, pra mim, é repleto de magia. É por isso também que eu acredito que tudo vai acontecer.
Quer saber? Achei a tal palavra. 2008 foi um ano MA-RA-VI-LHO-SO. Não tô nem aí se aconteceram coisas ruins. Eu quero saber é das coisas boas!
Eu sei que 2009 também terá suas surpresas... Mas, que venha! Eu tô aqui é pra isso, rapaz!
É isso aí!